ICArabe e editora Record promovem encontro com a escritora libanesa Joumana Haddad

Ter, 08/11/2011 - 11:33
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O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) e a Editora Record promoverão, no dia 18 de novembro, um encontro aberto ao público com a poeta e jornalista libanesa Joumana Haddad, autora do livro “Eu matei Sherazade”.

O encontro será realizado na Casa do Saber (Rua Doutor. Mário Ferraz  414 - Jardim Paulistano), a partir das 19h30, com mediação de Soraya Smaili, diretora cultural do ICArabe, e comentários e tradução de Mamede M. Jarouche, professor de Língua e Literatura Árabes da USP e tradutor das “Mil e Uma Noites”, do árabe para o português. Logo após o evento, Joumana autografará seu livro na Livraria da Vila, no andar térreo do mesmo endereço.

Uma das mais engajadas representantes da luta pela liberdade feminina no Oriente Médio, Joumana Haddad cresceu no Líbano, em Beirute. Filha de pais conservadores e instruídos descobriu na leitura uma maneira de entender o mundo que a cercava. Seus verdadeiros ídolos da adolescência foram Marquês de Sade, Balzac, Victor Hugo: ícones incomuns quando comparados aos atores de cinema por quem suas amigas viviam suspirando.

No encontro, a autora contará como se transformou em poeta premiada, editora do principal jornal libanês, o An-Nahar, e criadora da primeira revista literária erótica do mundo árabe — a Jasad (corpo, em árabe), que aborda temas como sexo, poligamia, virgindade e casamento forçado, e lhe rendeu tanto admiração como censura e ameaças de morte.

Sua trajetória tem sido marcada pelo constante desafio às ideias preconcebidas que o Ocidente tem das mulheres no Oriente Médio. E em seu livro “Eu matei Sherazade”, não é diferente: Joumana Haddad desmonta o mito do clássico da literatura árabe, o qual acusa de passar uma mensagem equivocada às mulheres. Em suas noites de histórias inventadas para evitar a morte, Sherazade não seria um exemplo de resistência e rebelião, mas de concessão e negociação de seus direitos básicos. É com esta premissa que a autora tece um relato franco e explosivo sobre o que significa ser uma mulher árabe nos dias de hoje, condenando a postura daquelas que assumem o papel de vítima.

Para a diretora cultural do ICArabe, Soraya Smaili, o encontro será uma valiosa oportunidade para o público brasileiro travar contato com uma legítima representante do que há de mais moderno na literatura do Oriente Médio. “O Oriente Médio tem sido palco de grandes transformações nos últimos meses e o mundo ocidental tem um momento único para aprofundar o conhecimento e derrubar estereótipos sobre aquela região. No que diz respeito às mulheres árabes isso não é diferente. A escritora Joumana mostra que a definição de mulher árabe é muito mais complexa do que o Ocidente tem descrito. Ela apresenta e resume em sua obra e nela mesma todas as facetas dessa mulher, que luta pelos mesmos preceitos universais que as mulheres do mundo. Ela coloca de uma maneira intrigante e inteligente o debate e a reflexão. Este evento em São Paulo é uma grande oportunidade para conhecer e debater um pouco mais todos esses assuntos.”

Serviço
Encontro com Joumana Haddad
Quando: 18 de novembro (sexta-feira), às 19h30
Onde: Casa do Saber e Livraria da Vila - Rua Doutor. Mário Ferraz  414 - Jardim Paulistano
Inscrições: tel. 11- 3707-8900
Realização:  ICArabe – Instituto da Cultura Árabe e Editora Record

Sobre o livro
Título Original: Eu matei Sherazade
Subtítulo: Confissões de uma Árabe enfurecida
Autor: Joumana Haddad
Tradutor: Dinah Azevedo
Gênero: Biografia/ Memória
Páginas: 144
Formato: 14x21
Editora: Record
Preço: R$ 29,90

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