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Documentário que estreia na 35ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo retrata o cotidiano de judeus e palestinos a partir da linguagem universal do principal esporte do mundo.

Sex, 21/10/2011 - 00:12

O Centro de Estudos e Culturas da América Latina – CECAL e o Instituto de História da USEK, em cooperação com a CONFELIBRA, organizou, no dia 14/10, uma palestra sobre intercâmbio acadêmico Líbano – Brasil, com professor Paulo Jorge Sarkis.

Qui, 20/10/2011 - 23:21

Dirigido pela brasileira Julia Bacha e premiado em diversos festivais internacionais, o filme será lançado no país em várias atividades com a presença da diretora.

Dom, 09/10/2011 - 21:56

 

ICArabe realiza sua Assembleia Geral OrdináriaMarcada para 5 de outubro, a AGO acontece a partir das 20h, no clube Homs.A Assembleia Geral Ordinária do ICArabe será realizada no dia 5 de outubro, às 20h em 1ª chamada, se a maioria dos associados estiverem presentes, e em 2ª chamada, às 20h30, com os que tiverem presentes. A AGO será na sala da biblioteca do Club Homs (Av. Paulista 735). Os associados que podem participar e votar a aprovação das contas do exercício de 2010 são todos os que estiverem em dia com a contribuição financeira.

A Assembleia Geral Ordinária do ICArabe será realizada no dia 5 de outubro, às 20h, na sala da biblioteca do Club Homs.

Sex, 30/09/2011 - 11:37

 

'Devemos lutar pela paridade de direitos', diz ativista palestino que defende Estado único Compartilhe76 As atenções do mundo se voltarão nesta sexta-feira (23/09) para a sede das Nações Unidas, em Nova York, quando a Assembleia Geral da entidade votar o pedido de adesão da Palestina como membro pleno. Na prática, essa aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) endossaria o reconhecimento internacional de um Estado palestino, contrariando os interesses de Israel. Entretanto, os Estados Unidos, aliado a incondicionais do Estado judeu, vetarão a adesão palestina no Conselho de Segurança.  Abunimah: vivemos em um Estado único, mas que pratica um sistema de apartheid brutal Para muitos governos, ONGs e ativistas pró-palestinos, essa votação pode representar uma vitória parcial e o início de uma grande pressão internacional. No entanto, diversas correntes defendem uma solução completamente diferente para o conflito: um estado único para israelenses e palestinos. Em entrevista ao Opera Mundi, Ali Abunimah, jornalista norte-americano de origem palestina e autor de 'One Country: A Bold Proposal to End the Israeli-Palestinian Conflict', explica como funcionaria a ideia de unir inimigos em torno de um só país. Abunimah é um dos fundadores da Electronic Intifada, uma publicação on-line sem fins lucrativos sobre o conflito israelo-palestino. Para ele, o que há hoje já é um Estado único, comandado por judeus e que pratica um apartheid brutal contra os palestinos. A criação de um Estado com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis dias em 1967, para ele, transformaria o território palestino em um novo Bantustão - termo pejorativo usado pelos críticos do regime racista sul-africano para se referir aos Estados fictícios criados para os negros viverem em condições precárias. Em uma visão geral, por que o Sr. defende a ideia de um Estado único como solução para resolver o conflito árabe-israelense? A ideia não é totalmente nova. Era de fato a ideia principal defendida pelo movimento nacional palestino nos anos 1960. Até que a OLP (Organização para a Libertação Palestina) adotou a “Solução de Dois Estados”, que nasceu de um sentimento que se abateu sob os palestinos de que seria impossível retomar seus direitos em toda a região. Assim, a OLP optou pela cisão do território com o objetivo de ficar apenas com um pequeno pedaço da Palestina como um Estado estabelecido. Porém, após todas essas décadas, vemos que a boa vontade dos palestinos em aceitar um Estado com apenas um quinto de seu território original, com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza não bastou para os israelenses. Eles colonizam e ocupam mesmo os pequenos pedaços da Palestina que nos restaram. Isso mostra que a principal razão para defender a solução de dois Estados, ou seja, apaziguar o apetite de Israel por terras, não funcionou. Leia mais: Palestinos acreditam em maioria no Conselho da ONU; Cisjordânia e Tel Aviv veem protestos Abbas espera 'tempos difíceis' com criação do Estado palestino  EUA lançam campanha contra reconhecimento do Estado palestino pela ONU, diz jornal  Reconhecimento do Estado palestino monopoliza discussões antes de assembleia na ONU  EUA prometem barrar Estado palestino. Europa está dividida  Embaixador palestino diz ter certeza do respaldo da América Latina na ONU Agora temos uma realidade que é voltar para o que nós já tínhamos, a solução de um Estado. Isso é algo que as pessoas precisam realmente entender: nós já vivemos em um Estado único. Mas trata-se de um Estado que pratica um sistema de apartheid brutal, em que judeus israelenses são privilegiados em todo e qualquer aspecto: militarmente, economicamente, politicamente, socialmente. E os palestinos estão em total desvantagem, em categorias inferiores de cidadania. Para começar, temos os cidadãos palestinos que vivem em Israel dentro das linhas estabelecidas antes de 1967. Em torno de 1,4 milhão, eles são cidadãos normais de Israel, embora sejam constantemente ameaçados por políticos israelenses que os acusam de serem desleais. E, por Israel se tratar de um Estado judeu, inexiste espaço para não-judeus. Portanto, eles são vítimas de uma forma de apartheid. Há os palestinos na Cisjordânia que vivem sob ocupação e em situação de colônias, com os colonos tomando suas terras, cometendo violências, e criando muitas restrições à locomoção. Por fim , há os palestinos em Gaza, que estão vivendo em uma prisão gigante de 1,5 milhões de pessoas.Reprodução/Divulgação  Pois bem, todas essas áreas estão sob controle de Israel, já que a própria ANP (Autoridade Nacional Palestina) não tem muito poder. Em Gaza, tudo é determinado por Israel: fornecimento de bens básicos como eletricidade e comida, construção de prédios... até as decisões de vida e de morte estão nas mãos deles. Portanto, é, na prática, um único Estado! E é impossível dividir esse território em dois Estados, todas as tentativas falharam. A luta a ser travada a partir de agora deve ser pela paridade de direitos. Nas Nações Unidas, não veremos o nascimento de um Estado palestino, mas o funeral da solução de dois Estados. Estaremos começando uma nova fase da luta, que acredito que progressivamente tomará a forma de uma luta antiapartheid por direitos civis iguais em toda a Palestina histórica. Como o Estado seria implementado? Ainda seria um estado judeu? Deveria continuar a se chamar Israel? O mais importante é tentar enfatizar os princípios nos quais todo Estado deve ser baseado. Por exemplo, um esforço para fazer isso é a Declaração de Um Estado. Trata-se de uma declaração produzida em 2007 por um grande número de pessoas, desde palestinos até alguns israelenses. A forma exata que o Estado teria é algo que pode ser resolvido depois. Há diferentes modelos para Estados multiétnicos, mas seus princípios básicos devem ser igualdade e cidadania plena a todos, independente de religião ou raça. Um Estado não deve privilegiar qualquer grupo religioso. Ao mesmo tempo, deve proteger os direitos culturais e religiosos de todos. Esses são princípios muito básicos de democracia que outros países aplicam ou, ao menos tentam. Apenas no contexto da Palestina que esses princípios são considerados controversos ou estranhos. A Constituição de qualquer Estado moderno contém proteções básicas para todos os cidadãos, além de suas culturas, línguas e educação. São essas as condições de que falo. Leia mais:  Em resposta a relatório da ONU, Turquia expulsa embaixador e suspende acordos militares com Israel  Marinha israelense aborda navio do comboio humanitário que seguia a Gaza  Um ataque desumano   Carta da Flotilha da Liberdade, por Iara Lee   Mesmo se o pedido da Palestina na ONU passar na Assembleia Geral, ele deverá ser barrado com o veto dos EUA no Conselho de Segurança. Quais seriam, os efeitos imediatos práticos nos dias seguintes à votação, qualquer que seja o resultado? A primeira coisa é que devemos ter muita clareza é o que vai acontecer nas Nações Unidas. A ONU não cria nem reconhece Estados. Não diz pra qualquer um: “Ok, você pode ter um Estado aqui ou ali”. A única coisa que ela faz é admitir ou não um Estado como membro. O chamado “Estado da Palestina” já foi reconhecido por mais de 100 países em todo o mundo durante os últimos 25 anos. Isso nunca fez qualquer diferença prática no dia-a-dia dos palestinos. O fato dos palestinos terem representações diplomáticas em outros países ou embaixadores nunca alterou a vida deles. Já existe uma delegação palestina nas Nações Unidas e o que vai se votar é se essa delegação terá as funções de um membro pleno. Mesmo que isso seja aprovado, também não mudará nada. Seria mais um voto de apoio simbólico? Sim. Alguns podem argumentar que Israel iria permitir que os palestinos participassem de alguns órgãos tradicionais da ONU como a Unesco (Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Mas esse é um aspecto marginal comparado aos direitos dos palestinos. Outra coisa muito importante a ressaltar é que, entre os próprios palestinos, tem havido grande oposição e incerteza sobre esse movimento na ONU. Há muito medo de que possa não apenas ser inútil como também muito prejudicial. Declarar ou pedir pelo reconhecimento de um Estado palestino baseado nas fronteiras anteriores a 1967, sem qualquer outra garantia de direito a seus cidadãos, poderia ser um presente gratuito a Israel. Seria o mesmo que dizer: nós estabelecemos a Palestina, mas não faremos qualquer outra reivindicação, nem mesmo garantir os direitos dos refugiados. Claro, tudo isso seria muito complicado obter do ponto de vista político. O ponto que quero chegar é que os próprios palestinos estão muito incertos a respeito desse movimento. Porque (esse processo) não foi explicado corretamente para eles pela ANP e a OLP, que são praticamente a mesma coisa a essa altura. É uma liderança que carece de legitimidade, responsabilidade com a democracia. Tomam decisões sem ter qualquer referência ou fazer qualquer consulta em relação ao povo. Efe (20/09/2011)  Abunimah: Israel não aceita a ideia de que os palestinos têm direitos iguais e legítima reivindicação à terra Esse é um problema real e que não é levado em conta particularmente na América Latina. Acredito que as pessoas acabam se confundindo achando que apoiar o povo palestino é equivalente a apoiar a ANP. Mas não é a mesma coisa. Alguns governos latino-americanos recebem Mahmoud Abbas como um representante do povo palestino, e esse não é o caso. Quais seriam os principais obstáculos para estabelecer um Estado plenamente democrático, tanto para palestinos quanto para judeus ou os demais povos que habitam essas terras? E como tornar essa coabitação pacífica? Francamente, acho quer será muito difícil. É a realidade. Qualquer tipo de paz baseada na Justiça será muito, muito difícil. Se olharmos para a África do Sul, quase 20 anos depois do fim do apartheid, vemos o quão difícil isso é. Quando, por um lado, vemos de um país livre e quase plenamente democrático, onde tivemos de fato realizações significativas, vemos por outro que o legado do apartheid ainda permanece muito profundo. Há enorme pobreza e desigualdade. Em alguns casos, até regrediram. Portanto, devemos aprender com essa experiência. Na Irlanda do Norte, vejo um tipo de confronto similar de relacionamento ao na Palestina. Novamente, vemos como é difícil superar esse tipo de conflito. Ao mesmo tempo, as diferenças entre eles progrediram significativamente em relação aos últimos vinte anos. O desafio que temos na Palestina não é único. Ele tem a ver com justiça econômica; pobres e ricos; exclusão e inclusão. É o que vemos nos EUA e no Brasil. Democracia não é apenas uma questão de voto, é também relacionada a direitos econômicos e sociais. Os primeiros desafios serão esses. Ou seja, muito difíceis. Acredito que há uma ilusão de que a solução de dois Estados tornaria tudo mais fácil. Na verdade, tornaria mais difícil. Pense: Israel poderá dizer que Gaza, fazendo parte de um Estado independente, não tem qualquer responsabilidade pela pobreza e privação que lá exista. Seria 100 vezes mais difícil para os habitantes em Gaza terem qualquer tipo de desenvolvimento econômico.  Portanto não qualquer possibilidade de solução fácil para esse impasse. Temos de ser francos a respeito disso. Leia mais: Israel prepara lobby contra admissão de palestinos na ONU, diz jornal  Israel critica decisão do Brasil de reconhecer Estado palestino   Megaincêndio florestal revela ruína de vilas palestinas destruídas no fim dos anos 1940   Aceitação de outras culturas é chave para integração de ilegais em Israel, diz ativista Ramadã à brasileira: como os muçulmanos de São Paulo passam o mês sagrado do Islã Quebrando o silêncio: soldados israelenses revelam a ONG abusos cometidos contra palestinos Há algum grupo político que apóia a solução de um Estado? O quanto essa proposta é popular tanto no meio palestino quanto no meio judeu? Não há nenhum partido ou facção palestina de relevância que tenha apoiado essa opção ainda. Entretanto, isso reflete o fato de que as principais representações políticas palestinas realmente perderam a iniciativa. Não incentivam visões verdadeiramente críveis que unam palestinos e que se dediquem às necessidades de todo o povo, dentro ou fora da região. Quem a defende é um movimento informal, composto por ativistas, estudantes, entre outros. O que eu vejo – e trata-se de uma opinião subjetiva, tomada durante minhas viagens e debates, e pelas opiniões que recolho – é que há um considerável e crescente apoio pela solução de um Estado. Não apenas isso: também não encontro muitos defensores da repartição de Estados. Os que a defendem são mais próximos da ANP. E não se vê um apoio muito entusiasta pela alternativa de dois Estados. Há divulgação de pesquisas que dizem que os palestinos apóiam a coabitação em dois Estados, mas isso não é verdade. As pesquisas de opinião medem apenas as opiniões dos que vivem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. E mesmo lá você encontra essa opção chegando a, no máximo, 50%. É um índice muito baixo se você considerar todos esses anos em que todo mundo sempre dizia que essa era a única alternativa. Já o apoio à opção por um Estado, em qualquer uma das três regiões (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel), fica entre 25% a 40%. O que considero um percentual muito alto devido ao fato que não se vê nenhum líder político defendendo a ideia. Mas creio que isso acabará ocorrendo. E em breve. E quanto aos judeus israelenses, é claro que eles não aceitam. Mas atualmente eles não aceitam mais nada. Seja a solução de um ou de dois Estados. Eles não aceitam a ideia de que os palestinos têm direitos iguais e legítima reivindicação a essa terra. Exceto por uma minoria muito pouco significativa. Alguém já os acusou de estar vendendo de maneira definitiva as terras palestinas para Israel? Pelo contrário, nunca ouvi isso. Porque a visão que defendo é a de devolver um país aberto e disponível a todo palestino. O que não é o caso da solução de dois Estados, que diz que os palestinos terão direito a, no máximo, um quinto da Palestina histórica. E os refugiados não poderão retornar a seus lares. A ideia é fazer com que todos os palestinos voltem para toda a terra da Palestina. E, ao mesmo tempo, garantir uma vida pacífica para os judeus israelenses. Desde que vivam como cidadãos normais, não como os colonizadores do presente. A idéia é transformá-los em cidadãos normais, e não em ocupantes. Leia mais: Grupos armados de Gaza retomam lançamento de foguetes contra Israel Wikileaks: EUA foram informados por Israel sobre operação militar em Gaza Comissão investigadora isenta governo israelense de culpa por ataque a comboio humanitário Essa ideia seria bem recebida pelo lado judeu? Porque, para que um Estado igualitário nasça, Israel possivelmente teria de abdicar de sua condição de Estado judeu para evoluir a um Estado verdadeiramente laico. Claro que a demanda de Israel ser reconhecido como um Estado judeu é atualmente uma desculpa para ter o direito de ser racista com os palestinos e os demais não-judeus. Para os palestinos funciona exatamente como quando o apartheid na África do Sul reclamava ser um Estado de brancos. Os brancos tinham privilégios específicos para governar. Nenhum palestino pode aceitar isso. Você não encontrará nenhuma facção palestina, e isso inclui o Hamas, dizendo que os judeus israelenses devem partir. Mas o fato é que eles têm privilégios e direitos especiais em relação a outros grupo de indivíduos. Bem, aceitar isso seria o mesmo que desistir de seu direito de retorno, de desistir de sua própria humanidade. Portanto está fora de questão. Não há nada de errado em um Estado em que todos sejam protegidos – culturalmente, religiosamente, linguisticamente e etnicamente.  É por isso que, para que a alternativa de um Estado se torne viável, devemos fazer pressão de verdade em Israel, na forma de boicote, desinvestimentos e sanções. Da mesma forma como foi feito na África do Sul no passado.  Porque isso mudaria toda a equação. Enquanto o status quo não custar nada a Israel, eles não terão nenhuma razão para mudar. Mas, com essas restrições, você aumenta a pressão sobre o status quo e os israelenses serão obrigados a refletir sobre uma mudança de fato democrática. A questão não é se eles vão aceitar agora ou no futuro. Mas acho que há uma grande possibilidade de que sim, eles irão. Efe (15/09/2011)  Para Abunimah, iniciativas como a da Turquia, que rompeu relações comerciais com Israel, devem ser seguidas por outros países O recente esfriamento de relações entre Israel e sua ex-aliada, a Turquia, iniciado durante a crise da flotilha de ajuda humanitária a Gaza, pode ser o estopim para iniciar esse boicote ou mudar a postura de Israel? Sim, acho um episódio muito importante. Porque Israel está cada vez mais só no mundo. Desfruta de completa imunidade em relação às leis internacionais. Quantas resoluções nas Nações Unidas que Israel violou e nunca sofreu qualquer consequência? Qualquer outro país, Irã, Iraque, qualquer um que viole uma resolução da ONU, sofre sanções imediatas. Israel foi capaz de cometer as maiores violações ao direito internacional sem sofrer nada. Pois sempre houve medo em aplicá-las pela reação dos EUA. Era um tabu. Mas a Turquia rompeu com esse tabu ao dizer que aos israelenses de que eles não têm o direito de violar a lei internacional ou matar civis em águas internacionais sem sofrer as consequências. Portanto é hora de fazermos com que Israel pague o preço. Leia mais: Turquia se transforma na nova paixão dos palestinos Lula autoriza ajuda de R$ 25 milhões para reconstrução de Gaza   "Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina", diz economista israelense Nomeação de Uribe para investigação do caso da flotilha garante fracasso da iniciativa   Espero que isso quebre o tabu para que outros países sigam os turcos. Especialmente o Egito, que está sob intensa pressão agora, e outros países na região. E que os países latino-americanos devem lembrar que Israel também desempenhou um papel muito nocivo na América Latina. Falo particularmente da América Central, durante os anos 1980, quando treinou esquadrões de morte para regimes ditatoriais de direita que cometeram verdadeiras atrocidades contra seus povos. E o governo da Colômbia também mantém uma relação militar muito próxima com Israel.  Como vemos, a política externa de Israel não se resume apenas ao Oriente Médio, mas atingiu a América Latina também. 

As atenções do mundo se voltaram na sexta-feira (23/09) para a sede das Nações Unidas, em Nova York, quando a Assembleia Geral da entidade avaliou o pedido de adesão da Palestina como membro pleno. Na prática, essa aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) endossaria o reconhecimento internacional de um Estado palestino, contrariando os interesses de Israel. Entretanto, os Estados Unidos, aliados incondicionais do Estado judeu, vetarão a adesão palestina no Conselho de Segurança. 

Seg, 26/09/2011 - 15:18

Na última sexta-feira, 23 de setembro, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Abbas pediu o reconhecimento do Estado palestino e entregou às lideranças do órgão internacional uma petição a ser avaliada no Conselho de Segurança. 

Seg, 26/09/2011 - 15:01

Na última semana, os atentados de 11 de setembro em Nova York completaram dez anos. A mídia brasileira repercutiu a data com reportagens especiais, e algumas delas contaram com entrevistas de diretores do ICArabe.

Sex, 16/09/2011 - 14:29

 

“Os sábios de Córdoba” exercita a tolerância religiosaDocumentário de Jacob Bender parte das figuras dos filósofos  Averroes e Maimônides, para discutir a convivência entre muçulmanos, judeus e católicos pós 11 de setembro. O filme será exibido no próximo domingo, 11/9, na Cinemateca (SP).  Morador de Nova York, o documentarista Jacob Bender presenciou os atentados de 11 de setembro de 2001. Após o impacto inicial, passou a refletir sobre as políticas de segurança adotadas pelos Estados Unidos, baseadas em teses como a do choque de civilizações entre Ocidente e Oriente, que inviabilizaria a convivência entre povos de diversas origens e religiões.O questionamento desta impossibilidade é o ponto de partida da jornada empreendida por Bender, que se apóia em duas figuras importantíssimas do pensamento tanto do Ocidente como do Oriente, os filósofos Averroes e Maimônides, para retornar à Espanha medieval, onde judeus, muçulmanos e cristãos coexistiam pacificamente. Na Andaluzia, sua primeira parada, Bender constata, com a ajuda dos dois “sábios de Córdoba”, que a cultura árabe está no coração da cultura ocidental. O período em que esta região esteve sob domínio árabe foi de florescimento das ciências e da criatividade de forma geral, enquanto o resto da Europa estava mergulhada na privação de conhecimento que caracterizou a Idade Média.  As obras de Aristóteles, por exemplo, foram redescobertas pelos estudiosos árabes que viviam em Al Andalus. Averroes, muçulmano e de origem árabe, fez comentários importantíssimos sobre seus escritos, sendo um dos responsáveis pelo diálogo de Al Andalus com a Grécia Clássica. Já Maimônides, de origem judaica, estudou medicina e relacionou à ciência com suas atividades religiosas, rejeitando qualquer forma de dogmatismo. Ambos nasceram em Córdoba e tiveram de deixar a cidade após a expulsão dos árabes pelos cristãos. Bender segue os passos dos filósofos por Marrocos e Egito, além de visitar locais onde suas obras voltaram a ser estudadas posteriormente, como França e Itália. Em paralelo, o diretor busca elementos que refutam a teoria do choque de civilizações, demonstrando a contemporaneidade do pensamento dos “sábios de Córdoba”, que já se colocavam contra qualquer forma de segregação baseada na religião. A jornada do diretor termina com a passagem por Israel e Palestina, onde o documentarista reflete sobre o conflito entre judeus e palestinos, se posicionando contra iniciativas como a construção do muro da Cisjordânia, o estabelecimento de assentamentos irregulares e a derrubada de casas de famílias palestinas. Ao passar por esses locais, relacioná-los ao conhecimento produzido por Averroes e Maimônides, e entrevistar pessoas que estão utilizando suas tradições religiosas para desafiar as proposições mais conservadoras, Jacob Bender produz um libelo à tolerância religiosa e à convivência pacífica entre povos de diferentes origens. ServiçoOs sábios de Córdoba, de Jacob Bender.  Documentário, 80 min. (Espanha, EUA, Alemanha, 2009). O filme será exibido em 11 de setembro de 2011, às 14h, na Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - São Paulo, dentro da Sessão Averroes. Mais informações aqui. 

Documentário de Jacob Bender parte das figuras dos filósofos  Averroes e Maimônides, para discutir a convivência entre muçulmanos, judeus e católicos pós 11 de setembro. O filme será exibido no próximo domingo, 11/9, na Cinemateca (SP).  

Qua, 07/09/2011 - 18:40

 

Sessão Averroes discute convivência em 11 de setembroO Instituto da Cultura Árabe - ICArabe (www.icarabe.org), em parceria com o Instituto Cervantes e a Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes, apresentará no dia 11 de setembro, às 14h, mais uma Sessão Averroes, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.Durante a atividade será exibido o documentário “Os sábios de Córdoba”, de Jacob Bender, e depois haverá uma mesa de reflexão com Soraya Smaili, professora livre-docente da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp e diretora científica e cultural do ICArabe, mediada por José Luiz Del Roio, senador pela República Italiana e escritor ítalo-brasileiro.O filme conta a história de dois personagens, Averroes e Maimônides, e destaca o espírito de convivência entre muçulmanos, judeus e cristãos na Espanha medieval. Empreende uma viagem que começa em Nova Iorque e passa por Andaluzia, Marrocos, Paris, Veneza, Egito e Palestina. Apresenta entrevista com pessoas que estão utilizando suas tradições religiosas para desafiar as proposições defendidas por especialistas neoconservadores de que há um choque inevitável de civilizações entre o Ocidente e o mundo muçulmano, uma incompatibilidade entre o Islã e a democracia e um insolúvel conflito entre muçulmanos e judeus.O objetivo da atividade é refletir sobre a possibilidade de convivência em um mundo globalizado do século XXI. Desde o 11 de setembro (passando pelos atentados de Madri, Londres e Bali) tenta-se criar um estado de guerra permanente, em que palavras como religião e fé são apontadas como sinônimos de intolerância. “Os sábios de Córdoba” desconstrói essa visão. 4º Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a MorrerA Sessão Averroes integra o 4º Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a Morrer, que vai de 8 a 11 de setembro. Fruto da parceria entre o Hospital Premier, Cinemateca Brasileira e Oboré, a edição 2011 retoma a experiência bem sucedida do 1º, 2º e 3º Ciclos, em 2008, 2009 e 2010.O evento destina-se, sobretudo, a profissionais e estudantes da área da saúde, comunicação e humanidades, e a todos os interessados em refletir, examinar e debater a condição humana, a vida e sua terminalidade. Neste ano, junto às temáticas dos cuidados paliativos e do envelhecimento, o 4º Ciclo presta homenagens a Ecléa Bosi, destacando seus estudos ligados à memória e enaltecendo a vida não só como um fenômeno biológico, mas também biográfico.  Ecléa Bosi recebe o Prêmio Averroes 2011 em cerimônia no domingo, 11 de setembro, a partir das 18h. Veja a programação completa do 4º Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a Morrer em: http://www.obore.com.br/acontece.asp SERVIÇO Os sábios de Córdoba, de Jacob Bender.(Espanha, EUA, Alemanha, 2009). 80’·      11 de setembro, às 14h·      Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - São Paulo4º Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a Morrer·      8 a 11 de setembro de 2011·      Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - São Paulo

O Instituto da Cultura Árabe participa da Sessão Averroes no dia 11 de setembro, às 14h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Qua, 07/09/2011 - 17:17

 

Reginaldo Nasser fala sobre terrorismo em programa da rádio CBNNos dez anos dos ataques terroristas de 11 de setembro, diversos meios de comunicação realizam especiais para discutir o impacto da ação na geopolítica mundial. Assista aqui a entrevista do professor de Relações Internacionais da PUC-SP sobre o tema. Reginaldo Nasser, professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP e especialista no estudo do terrorismo, fala à rádio CBN sobre as características do chamado "novo terror", e o impacto dos atentados de 11 de setembro na política de segurança dos Estados Unidos. Assista aqui a entrevista. http://www.youtube.com/watch?v=5-nylWrJrL0

Nos dez anos dos ataques terroristas de 11 de setembro, diversos meios de comunicação realizam especiais para discutir o impacto da ação na geopolítica mundial. Assista aqui a entrevista do professor de Relações Internacionais da PUC-SP sobre o tema. 

Ter, 06/09/2011 - 15:37

 

“Campo da paz” emociona ao mostrar o amor dos palestinos pelo futebol Trecho do documentário, que será lançado em 2012, foi exibido ontem (1/9) em sessão para convidados, em São Paulo. A reação entusiasmada dos presentes à história de um time de futebol formado por garotos palestinos e o amor da nação pelo esporte, antecipou o impacto que o filme vai causar quando estiver finalizado. Quem não gosta de futebol? No Brasil, essa pergunta é fácil de responder: quase ninguém. Torcedores dedicados ou não, quase todo brasileiro tem um time, e, na hora de torcer pela seleção em uma Copa do Mundo, a adesão é praticamente unânime. O que muita gente não sabe é que do outro lado do mundo, na Palestina, o povo sente pelo futebol um amor semelhante. A diferença são as dificuldades encontradas pelos palestinos para praticar o esporte de forma profissional, desenvolvê-lo e até torcer por ele. Essa é mais uma consequência da ocupação dos territórios palestinos por Israel, que impõe obstáculos cotidianos às tarefas mais simples. Nesse contexto, o futebol também é resistência. É sobre essa paixão, e suas implicações que fala o filme “Campo da paz”.  O documentário longa metragem, que está em processo de produção, teve um trecho exibido ontem (1/9), em um jantar para convidados no restaurante Proteína, em São Paulo. A atividade contou com o apoio do ICArabe e teve grande adesão.  Pela da reação do público aos cerca de 6 minutos mostrados, foi possível mesurar o impacto que o filme causará quando estiver finalizado. Gilmar Rodrigues, diretor de “Campo da paz”, conta que a ideia inicial era produzir um documentário sobre o futebol palestino. Mas o projeto se expandiu e acabou por formar um time de garotos de 14 a 17 anos que se tornou uma seleção simbólica da Palestina, e que deve visitar o Brasil e participar de jogos paralelos à Copa de 2014. “O projeto agora é transformar esses garotos em um time de verdade, para que eles possam vir ao Brasil antes mesmo da Copa de 2014, trazendo a ideia de um país que quer ser livre e soberano”, explicou. Gil. A vinda do time já recebeu apoio do Corinthians, e os realizadores seguem buscando parceiros para viabilizar o projeto. As filmagens foram feitas em diversas cidades palestinas entre outubro e novembro de 2010, e devem ser concluídas este ano. Segundo Gil, parte do material já está editada, e o documentário deve ser lançado no segundo semestre de 2012.  Bettine Silveira, da produtora Txucarramãe, conta que o projeto começou independente e depois foi formatado.  “O que vivemos aqui foi especial, sentimos que temos mais fôlego para continuar. É uma labuta fazer um filme, mas esse tipo de atividade dá muito gás”, declarou, sobre a exibição do trailer .  “Campo da paz” tem conquistado participações importantes ao logo de sua produção. O trailer exibido ontem tem narração de Lázaro Ramos e a trilha sonora está a cargo do rapper BNegão.  “A questão da Palestina sempre me incomodou muito”, disse BNegão. “Quando me chamaram, por conta da minha música e da atitude, eu estava com muito trabalho, mas quando vi o material disse ‘vou fazer’. Toda vez que eu vejo as imagens fico emocionado. A ótica para tratar do assunto é sensacional. Tratar a partir do futebol, que tem apelo mundial e está no cotidiano, faz com que as pessoas pensem de outra forma e entendam o que está acontecendo”, completou. Michel Sleiman, presidente do ICArabe, contou que o Instituto tem procurado apoiar a produção por meio de contatos que possam se tornar parceiros do projeto. “Temos uma aproximação com a questão Palestina, ela é ponto nevrálgico do mapa político do mundo árabe e existe aí uma questão de justiça. É um projeto muito querido pelo ICArabe, o futebol é uma paixão, e ficamos curiosos em descobrir a identificação dos palestinos com o jogo, e perceber que é uma coisa visceral”, completou.  “A proposta de mostrar que a paixão dos palestinos pelo futebol é semelhante à dos brasileiros aproxima e mostra o quanto esses palestinos podem ser identificados com a nossa cultura”, disse Soraya Smaili, diretora cultural e científica do ICArabe. Para ela “o filme mostra, a partir do diálogo por meio do futebol, que é possível que israelenses e palestinos joguem e vivam juntos”. 

Trecho do documentário, que será lançado em 2012, foi exibido ontem (1/9) em sessão para convidados. A reação entusiasmada dos presentes à história de um time de futebol formado por garotos palestinos e o amor da nação pelo esporte, antecipou o impacto que o filme vai causar.

Sex, 02/09/2011 - 11:06

 

Poeta árabe Adonis recebe Prêmio GoetheO poeta sírio-libanês Adonis recebeu em Frankfurt o Prêmio Goethe. O júri homenageou o escritor por ter "transposto as conquistas do modernismo europeu aos círculos culturais árabes". Um luto profundo e um pavor devido à perda de humanidade permeiam o poema Nova York, de Adonis, parte do ciclo Tempo entre rosas e cinzas, que o autor recitou durante um festival em Berlim, no ano de 2003.Adonis, cujo nome verdadeiro é Ali Ahmad Said Esber, nasceu em 1930 em Kassabin, uma pequena aldeia localizada no noroeste da Síria. Quando criança, ganhou uma bolsa de estudos concedida diretamente pelo então presidente do país, que o possibilitou frequentar uma escola de ensino médio. O presidente, na época, durante uma visita ao norte da Síria, ficou impressionado com a capacidade do garoto recitar poesias.Durante seus estudos de Filosofia na Universidade de Damasco, Adonis aprofundou-se em questões relacionadas à tradição árabe-islâmica de formação intelectual. Foi quando começou a escrever poemas em estilo clássico, sem, contudo, publicá-los de imediato. Somente quando adotou o pseudônimo Adonis, o nome do deus greco-fenício da fertilidade, é que começou a obter sucesso."O poeta mais importante"Depois de passar um ano na prisão por causa de suas atividades políticas em Damasco, Adonis fugiu para Beirute, onde casou-se com Khalida Said, que mais tarde se tornaria uma das críticas literárias mais importantes do mundo árabe. No Líbano, trabalhou como professor e jornalista, tendo mantido contato com um grupo de artistas, escritores e exilados políticos. Foi também ali que conheceu a literatura internacional.O início de sua carreira literária se deu, mais tarde, com o lançamento de seu terceiro livro de poesia, Cantos de Mihyâr, o Damasceno, publicado no início dos anos 1960. A partir de então, Adonis tornou-se conhecido e sua obra poética passou a ser considerada significativa. Em 1973, escreveu uma tese de doutorado sobre O estático e o dinâmico, que se tornou uma das fontes mais importantes de poesia árabe desde o período pré-islâmico.Adonis é um escritor com leitores em 22 países, cujo estilo moderno e ao mesmo tempo elegante é admirado por muitos literatos do mundo árabe. Ele influenciou a poesia do Oriente Médio ao norte da África, tendo se libertado da tradição poética árabe através da construção de novas formas. O escritor marroquino Taher Ben Jalloun afirmava, em 1982, ao diário francês Le Monde, que Adonis seria "o poeta vivo mais importante da lírica árabe moderna".Visão de mundo proféticaAdonis é também um pensador internacional, com obras traduzidas para diversos idiomas. A primeira tradução de um livro de sua autoria para o alemão aconteceu em 1989, com A árvore do Oriente. A esta sucederam-se Festa fúnebre para Nova York (1995) e Cantos de Mihyâr, o Damasceno (1998).Do ponto de vista político, o escritor manteve sua postura crítica, com uma visão de mundo quase profética. Em entrevista à Deutsche Welle, no ano de 2001, ele assim previa o futuro do mundo árabe: "Se as relações políticas não mudarem na região árabe, se os donos do poder não pensarem no povo, se eles passarem todo o tempo pensando apenas em permanecer no poder, vamos então vivenciar catástrofes imprevisíveis".Lembrando GoetheAdonis é defensor aberto de uma postura laica e se diz convencido de que apenas a secularização da sociedade levará a cultura e a política árabes adiante. Ao semanário alemão Die Zeit, ele declarou em 2002: "Sempre quando a religião não impõe nada, a cultura árabe é magnífica. Tudo o que é isento de religião na cultura árabe é extraordinário". Sua poesia, publicada em livros, periódicos ou palestras, é vista por ele próprio como um projeto cultural civilizatório, capaz de reescrever e redefinir a história árabe.Hoje, Adonis vive entre Paris e Beirute. O Oriente e o Ocidente, acredita o escritor, encontram-se sobretudo na arte e na poesia. Como dizia Goethe, lembra ele, "quem conhece a si mesmo e também o outro, irá reconhecer que o Oriente e o Ocidente não são mais separáveis". É Adonis quem também reconhece que "Leste e Oeste talvez sejam conceitos mais distintos do ponto de vista ideológico que geográfico".Autora: Lina Hoffmann (sv)Revisão: Carlos AlbuquerqueFonte: Deutsche Welle

O poeta sírio-libanês Adonis recebeu em Frankfurt o Prêmio Goethe. O júri homenageou o escritor por ter "transposto as conquistas do modernismo europeu aos círculos culturais árabes".

Sex, 02/09/2011 - 10:00

 

Raja Amari, cineasta tunisiana, fala à Câmara Árabe TVA diretora esteve no Brasil para participar da 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, ocasião em que apresentou seu filme "Segredos enterrados". Assista aqui à entrevista de Raja à Câmara Árabe TV.

A diretora esteve no Brasil para participar da 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, ocasião em que apresentou seu filme "Segredos enterrados". 

Sex, 02/09/2011 - 09:50

 

Brasileiro faz filme sobre futebol palestinoO diretor e roteirista Gilmar Rodrigues fará um documentário em longa-metragem sobre o dia a dia de um time de futebol na Palestina. Um curta promocional será exibido em São Paulo esta semana.São Paulo – Na última Copa do Mundo, os palestinos não puderam participar das eliminatórias da competição. Foram impedidos pelos israelenses de viajar. Na Copa de 2014 eles também não estarão. Perderam nas eliminatórias, prejudicados por um dia a dia de atleta que vive em país em conflito, o que inclui dificuldade para construir estádios, restrições de locomoção, entre outras complicações. Essas histórias, dos que tentam jogar futebol na Palestina, vão ser o centro do enredo do filme "Campo da Paz", de iniciativa do brasileiro Gilmar Rodrigues."Sempre me interessei pelo Oriente Médio", conta o diretor e roteirista do filme, gaúcho que mora no Rio de Janeiro. O projeto do documentário começou a ser levado adiante há cerca de dois anos e as suas primeiras imagens viraram um curta-metragem que será exibido nesta quinta-feira (01) em um restaurante da capital paulista, em sessão fechada. A ideia é mostrar a apoiadores e imprensa o que já foi feito até agora e poder dar continuidade ao objetivo maior, que é fazer um documentário de longa-metragem. Rodrigues quer estar com o filme pronto em 2012.O diretor e sua equipe estiveram na Palestina entre outubro e novembro de 2010 e lá formaram um time de futebol, com garotos entre 14 e 17 anos. E é da história da equipe que o filme de Rodrigues trata. De acordo com o diretor, não haverá imagens de conflito no documentário. "Basicamente retratamos as dificuldades do esporte na Palestina, como sinal do que acontece lá. Todos os aspectos [da vida palestina] são marcados pela ocupação", explica o cineasta. O objetivo é falar da questão social e política através do esporte.A vontade do diretor é trazer o grupo ao Brasil, na Copa de 2014, para amistosos ou para ter uma participação festiva na competição. Possivelmente os meninos do time viagem ao Brasil ainda antes, já que a equipe treina com apoio do Corinthians. O projeto do filme como um todo tem apoio, na Palestina, da Federação Palestina de Futebol e do Ministério dos Esportes, e no Brasil, do Instituto de Cultura Árabe (Icarabe), além da comunidade árabe local.O curta-metragem tem nove minutos e meio de duração e narração do ator Lázaro Ramos. A equipe de Rodrigues deve voltar à Palestina para fazer novas imagens para o longa-metragem. Além de direção e roteiro de Gilmar Rodrigues, o curta tem produção de Bettine Silveira, coordenação de produção de Hassan Zarif, direção de fotografia de Ding Musa, montagem de Thiago Andries, trilha de B Negão e Rodrigues. A realização é da Txucarramãe Filmes, empresa de Bettine e Rodrigues, e apoio da Palmares Produções.Fonte: Isaura Daniel - Anba

O diretor e roteirista Gilmar Rodrigues fará um documentário em longa-metragem sobre o dia a dia de um time de futebol na Palestina. Um curta promocional foi exibido em São Paulo esta semana.

Sex, 02/09/2011 - 09:35

 

Safa Jubran lança tradução do livro "Hierarquia dos povos", de Sâ’id AlandalusîA noite de autógrafos acontece na próxima segunda-feira, a partir das 18h30, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena). Na próxima segunda-feira, 29 de agosto, a professora Safa Jubran lança a tradução do livro "Hierarquia dos povos", de Sâ’id Alandalusî. A noite de autógrafos acontece das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena).Nascido em Almeria, em 1029, onde iniciou seus estudos, completados mais adiante em Córdoba e em Toledo, o autor é conhecido como Sâid Alqurtubî (o cordobês), Sâid Attulaytulî (o toledano) e, entre os orientais, como Sâid Alandalusî, o espanhol.Embora dominasse várias áreas do saber, se destacou como historiador das ciências. As biografias elaboradas por ele, as quais resultaram neste livro, representam um instrumento imprescindível para o estudo da ciência antiga e medieval. Sâid Alandalusî morre em Toledo aos 42 anos, em 1070.Este livro, Tabaqât alumam, é uma dos quatro obras do autor e a única cujo texto sobreviveu; dele sabe-se da existência das outros três. São muitas as fontes do historiador, entre elas destacam-se o historiador árabe Alhamadhâni; o letrado e historiador Ibn-Qutayba Addînawar; o astrônomo persa Abu-Ma’char Albalkhî; o notável historiador e geógrafo Almas’ûdi; o erudito livreiro bagdali Ibn-Annadîm; os filósofos Alkindî e Alfarâbi; o tradutor e estudioso Hunayn ibn- Ishaq; e a tradução árabe de Alamgesto de Ptolomeu.Trata-se de uma das primeiras histórias das ciências em língua árabe. O autor divide o mundo habitado em sete povos originais: os persas, os caldeus, os gregos, os egípcios, os turcos, os indianos e os chineses.  Esses povos, por sua vez, são divididas em duas classes: uma que contribuiu para o conhecimento intelectual e científico, e a outra que não cultivou as ciências, ocupando-se de tarefas e artes manuais.A primeira classe abarca oito povos: os indianos, os persas, os caldeus, os gregos, os romanos/bizantinos, os egípcios, os árabes, e os israelitas. Uma parte do livro é dedicada a cada um desses povos e aos conhecimentos que cada um desenvolveu, seus autores e obras.  

A noite de autógrafos acontece na próxima segunda-feira, a partir das 18h30, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena), em São Paulo.

Sex, 02/09/2011 - 09:14

 

Conflitos na Líbia repercutem no noticiário brasileiroO cientista político José Farhat, diretor de Relações Nacionais e Internacionais do ICArabe, analisou, em entrevistas à imprensa, a situação atual do país neste momento em que a luta para derrubar o regime de Kaddafi atinge seu ápice.Ouça aqui a entrevista de José Farhar para a Rádio Brasil Atual.http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/kaddafi-esta-liquidado-afirma-cientista-politico/viewAssista aqui a entrevista de José Farhat para a Rede TV.http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,213238,jornalismo,redetv-news,libia-enfrenta-desafio-de-construir-uma-democracia

O cientista político José Farhat, diretor de Relações Nacionais e Internacionais do ICArabe, analisou, em entrevistas à imprensa, a situação atual do país neste momento em que a luta para derrubar o regime de Kaddafi atinge seu ápice.

Qui, 25/08/2011 - 23:32

Filme narra as dificuldades que envolvem o desenvolvimento do futebol na Palestina. O esporte, assim como todos os outros aspectos da vida dos palestinos, também é marcado pelas restrições impostas pela ocupação do território. 

Documentário “Campo da paz” traz a realidade do futebol na PalestinaNo dia 1º de setembro, será realizada a exibição de um curta-metragem promocional montado a partir dos resultados das filmagens, realizadas em outubro e novembro de 2010, na Cisjordânia e em Israel.   Em 2014, será realizada no Brasil mais uma edição da Copa do Mundo de Futebol.  Teoricamente, todas as seleções disputam o direito de participar, enfrentando adversários apenas no campo esportivo. Mas não é essa a realidade do futebol na Palestina. Prejudicado por anos de ocupação, o futebol é mais um aspecto da vida palestina que não pôde se desenvolver em plena liberdade. As barreiras impostas, físicas e econômicas, e o cerco ao seu território impedem os atletas palestinos de viajar, treinar e ter uma estrutura mínima necessária para o crescimento do futebol  local. Com o objetivo de retratar essa realidade, foram realizadas, em outubro e novembro de 2010, na Cisjordânia e Israel, pela produtora Txucarramãe Filmes, as primeiras filmagens do documentário Campo do Paz, sobre o futebol palestino. O documentário, além narrar as particularidades, problemas e perspectivas futuras do esporte local, retratou a formação de uma time de futebol de crianças e adolescentes palestinos. Durante o período de filmagem, a Txucarramãe formou uma seleção de garotos de 13 a 17 anos. Em 2014, esses meninos terão idade para se tornarem atletas profissionais e até poderiam jogar uma Copa do Mundo. Foi recriado o microcosmo de um país pleno, livre e soberano representado pela equipe de garotos.No dia 1º de setembro, será exibido um curta-metragem promocional, com direção de Gilmar Rodrigues e narração de Lázaro Ramos, montado com os primeiros resultados das filmagens. A exibição acontecerá no restaurante Proteína, em Moema, São Paulo. Essa exibição será realizada para a imprensa e convidados, e conta com o apoio do Instituto de Cultura Árabe, entidade que também apóia a realização do documentário. CAMPO DA PAZDireção e Roteiro: Gilmar RodriguesProdução: Bettine SilveiraCoordenação de Produção: Hasan ZarifDireção de Fotografia: Ding MusaMontagem: Thiago AndriesNarração: Lázaro RamosTrilha: B Negão e RodriguesRealização: Txucarramãe Filmes, apoio Palmares Produções. Lançamento do curta-metragem promocional “Campo da Paz”, documentário sobre futebol palestino. 1 DE SETEMBROÀ partir de 20:30 h RESTAURANTE PROTEÍNARUA CANÁRIO, 390, MOEMA, SP. apoio: Instituto de Cultura Árabe, Palmares Produções e Restaurante Proteína 

Qua, 24/08/2011 - 17:31

 

Yemen: revolución y vacío de poderA principios de febrero, amplios sectores de la población, encabezados por Los Jóvenes Revolucionarios, comenzaron a manifestarse en las principales ciudades yemeníes exigiendo la caída del régimen del presidente Ali Abdallah Saleh. Yemen podía ofrecer otro modelo de salida distinta a la crisis, un acuerdo entre la oposición, los principales actores de la revuelta y el régimen, que pusiera fin al caos y estableciera las bases de la transición hacia un nuevo sistema político. Sin embargo, la iniciativa de paz de los países del Golfo no salía adelante por los continuos obstáculos puestos por el régimen. La tensión fue en aumento hasta que, junto a la revolución popular pacífica, el régimen se enfrentó a uno de los pilares de la sociedad yemení, los poderes tribales. Un conato de guerra civil en las calles de la capital acabó con la salida de Ali Abdallah Saleh a Arabia Saudí para recibir tratamiento médico tras un ataque contra el palacio presidencial. La revolución convive ahora con un vacío de poder.La acumulación de crisis políticas y el estallido de la revoluciónAli Abdallah Saleh llegó a la presidencia de Yemen del Norte en julio de 1978 y en mayo de 1990 a la presidencia del Yemen unificado. Treinta y tres años en el poder, algo más que sus ex-colegas tunecino y egipcio, desalojados de sus presidencias por revoluciones que precedieron al levantamiento yemení. Treinta y tres años en los que el presidente, para mantenerse en el poder, ha buscado alianzas coyunturales con las tribus, luego con los islamistas, después con nacionalistas, izquierdistas y de nuevo con las tribus, más tarde con el Partido Socialista, y otra vez con los islamistas y los líderes tribales. Desde hace algunos años, la situación del régimen era insostenible. Demasiados frentes abiertos y demasiadas crisis acumuladas: la crisis política con la oposición del norte encabezada por el poderoso partido islamista al-Islah; el descontento y la movilización del sur ante su discriminación; el movimiento huthí en la provincia septentrional de Sa‘daí y las seis guerras mantenidas con este grupo; el malestar por la adhesión del régimen a la campaña de “guerra contra el terror” impuesta por la Casa Blanca tras el 11-S y la presión estadounidense (incluidas incursiones de aviones no tripulados y bombardeos en zonas tribales del sur).Las resistencias del régimen a iniciar un verdadero diálogo nacional, anunciado y pospuesto indefinidamente, que podría haber supuesto trazar un camino de reformas políticas, no hicieron sino agravar todas estas crisis políticas (Ver Atalaya nº 11, junio-julio 2010). Asimismo, las condiciones sociales y económicas se han deteriorado en un país ya de por sí empobrecido: corrupción y acaparamiento de las riquezas del país por parte de la familia del presidente –como por ejemplo del petróleo exportado a través de Bir Ali en la provincia de Shabwa–; un porcentaje superior al 45% de la población vive bajo el umbral de la pobreza, una tasa de paro de entre un 35% y un 40% (de los que tres cuartas partes son jóvenes menores de 30 años y la mayoría con estudios de secundaria y superiores), y un 45,7% de analfabetismo. Por otro lado, la familia del presidente controla las principales instituciones militares (la Guardia Republicana y la Seguridad Central están en manos de sus hijos, sus hermanos o sus sobrinos), las leyes son cada vez más restrictivas (ley de prensa) y existía la posibilidad de traspasar el poder a uno de los hijos de Saleh (Ahmad, jefe de la Guardia Presidencial).El ejemplo de las revoluciones tunecina y egipcia (Ver Atalaya nº 14) fue el empujón definitivo para una movilización juvenil en febrero que partió de la Universidad de Sanaa, convertida en “Plaza del Cambio”, y que rápidamente se convirtió en una revolución popular pacífica. Ese estallido convergió con el fenómeno de las protestas semanales que desde hacía tres años encabezaba una joven activista, Tawakkul Karman, en la Plaza de la Libertad frente a la sede del gobierno, exigiendo, entre otras cosas, reformas democráticas (libertad de prensa, libertad de expresión…). Así, comenzaron las movilizaciones de jóvenes a través de las redes sociales sin intervención de los partidos políticos de oposición– y la celebración, el jueves 3 de febrero, de un primer Día de la Ira seguido de la primera manifestación organizada el viernes 11 de febrero para celebrar el triunfo de las revoluciones tunecina y egipcia (ese mismo día el ex presidente egipcio Hosni Mubarak dejaba el poder). Sin embargo, esa manifestación de júbilo y solidaridad fue reprimida por las fuerzas de seguridad y por “partidarios” del partido gobernante, el Congreso Popular General (CPG), armados con palos. La actuación del régimen espoleó más la revolución juvenil y popular. La dura respuesta, que incluyó el recurso al ejército y a francotiradores, y la resistencia de los jóvenes revolucionarios, han ido descomponiendo progresivamente al régimen y provocando deserciones en las filas del partido, del parlamento, y del ejército. En la institución militar, Ali Muhsin al-Ahmar, jefe de la zona militar noroeste (que incluye la capital) y general de la 1ª división acorazada, abandonó al régimen y asumió la función de proteger a los revolucionarios pacíficos de las plazas del Cambio y de la Libertad; más tarde, fueron oficiales de la todopoderosa Guardia Republicana los que desertaron. La decisión de poderosos líderes tribales de participar en la revolución pacífica (renunciando a las armas, numerosas en el país) fue inclinando la balanza, dejando al régimen sin más apoyos que las fuerzas de Seguridad, parte del ejército, los seguidores del partido gobernante, y los mercenarios, los balatiya.También se unió a la revolución pacífica la Movilización del Sur (al-Harak al-Yanubi), una amalgama de partidos y grupos que durante estos últimos años ha mantenido un activismo político, no exento de enfrentamientos violentos con el régimen, en las provincias del sur marginadas prácticamente desde la unificación del país en 1990. La revolución pacífica fue ganando más adeptos: en el norte los Huthíes, y, sobre todo, al-Liqa’ al-Mushtarak, un conglomerado que reúne a los partidos de oposición parlamentaria, es decir, reconocidos por el régimen pero ignorados por el gobierno de Saleh, que se negaba o dilataba la celebración de un diálogo nacional con ellos para paliar las graves crisis políticas del país. Esta alianza de al-Liqa’ al-Mushtarak, en cuyo seno destacan la islamista y poderosa Agrupación Yemení para la Reforma/al-Islah y el Partido Socialista, ha ido adquiriendo progresivamente más protagonismo en la revolución popular y pacífica, sobre todo la jefatura más joven de la agrupación.La matanza del 18 de marzo en la Plaza del Cambio, en la que murieron casi 60 manifestantes y centenares resultaron heridos, tuvo el efecto contrario al buscado por el gobierno, ya que suscitó una mayor solidaridad con los revolucionarios pacíficos y la adhesión de otros sectores de la población, sobre todo de los líderes de las grandes confederaciones tribales (Hashid y Bakil), pasando entonces de ser una revolución juvenil a una revolución popular, siempre pacífica y cada vez mejor organizada con comités, representantes, orden interno y coordinación.La organización y el programa de la revolución popular pacíficaEs cierto que la primera iniciativa de salir a la calle la protagonizó un sector joven, al igual que ocurrió en Túnez y Egipto, pero la revuelta se ha ampliado a otros sectores hasta convertirse en una revuelta “popular” con componentes muy variados. Asimismo, no conviene olvidar que es heredera de toda una labor de oposición y lucha política y social a favor de la reforma, que no ha encontrado nunca una respuesta mínimamente satisfactoria.Ese primer movimiento se ha organizado en diferentes alianzas presentes en los escenarios de protesta, como la Alianza Civil de la Revolución Juvenil, el Bloque de los Jóvenes y el Cambio, el Bloque de los Jóvenes de la Umma, el Consejo Democrático e Independiente de los Jóvenes o la Coalición de los Trabajadores Libres de Yemen. Se calcula que puede haber unos 72 grupos de activistas en las plazas del Cambio y de la Libertad.A pesar de las dificultades, el Comité Organizativo de la Revolución Juvenil Popular (al-Layna al-Tanzhimiyya li-l-Thawra al-Shababiiya al-Sha‘biyya), presente en las provincias, ha establecido un calendario para su programa revolucionario pacífico, una visión del Yemen post Ali Abdallah Saleh: formar un consejo presidencial provisional de entre 5 y 7 miembros reconocidos por su capacidad, honradez y experiencia y que representen a las fuerzas políticas nacionales; fijar un periodo de transición que no exceda de los nueve meses y que comience con una declaración constitucional, la derogación de la actual Constitución, la disolución de las dos cámaras y la garantía de los derechosy las libertades fundamentales. El consejo presidencial provisional asumiría las tareas del presidente de la República durante el período transitorio y encargaría a una personalidad de consenso formar un gobierno de tecnócratas en un plazo de dos semanas. Otras medidas que deberían adoptarse serían: la unificación de los cuerpos de la Seguridad Política y la Seguridad Nacional en un único cuerpo dependiente del ministerio del Interior que garantizara la protección y seguridad de la nación y el respeto de los derechos humanos; la creación de un Consejo Nacional de Transición que representara a los jóvenes y a las fuerzas políticas y nacionales y que debería asumir las siguientes funciones: dirigir un diálogo nacional con todos los componentes de la sociedad y sobre todas las cuestiones, en primer lugar la cuestión del sur y de los Huthíes buscando una solución justa; crear una comisión de expertos que recogiera las propuestas y conclusiones de ese diálogo nacional en forma de textos constitucionales de modo que garanticen la creación de un Estado civil, democrático y moderno basado en la alternancia pacífica en el poder, el pluripartidismo y el respeto de los derechos y las libertades de los ciudadanos; establecer las legislaciones necesarias para el período de transición; supervisar la acción del consejo presidencial provisional y del gobierno de tecnócratas durante la transición; organizar un referéndum constitucional y elecciones parlamentarias; garantizar la independencia del poder judicial y la separación de poderes; juzgar a aquellos implicados en la represión de la revolución y ofrecer compensaciones a los familiares de las víctimas; suprimir los tribunales de excepción y las cárceles especiales y liberar a los presos políticos y de conciencia; y congelar las cuentas del presidente, de sus parientes, de los símbolos del viejo régimen y recuperar las riquezas saqueadas.Los revolucionarios han demostrado que la revolución es también social y cultural: acostumbrados a una representación escasa o marginal de la mujer en la esfera pública yemení, justificada con viejos valores y tradiciones, las manifestaciones han contado con una gran presencia, cuando no dirección, por parte de las mujeres yemeníes, y el caso de la joven activista Tawakkul Karman (Ver Perfil) es muy significativo. Por otro lado, los revolucionarios han asombrado al mundo al demostrar su compromiso con el carácter pacífico de las manifestaciones en un país como Yemen, en el que las armas de fuego tienen una importante dimensión social y cuyo número triplica al de habitantes.Dado el vacío de poder tras la salida de Abdallah Saleh, las organizaciones revolucionarias consideran que ha llegado el momento de comenzar a aplicar este programa, en coordinación con los partidos políticos de oposición y la sociedad civil, y sin intervenciones exteriores –en referencia a la iniciativa del Consejo de Cooperación del Golfo (CCG)– que pueden abortar la revolución y la transición, aunque esos partidos políticos prefieren que primero se produzca un traspaso de poder a la figura del vicepresidente y presidente en funciones, Abderrabbi Mansur Hadi, siguiendo un proceso constitucional y apostando, todavía, por la iniciativa de los países del CCG. En el caso de que Hadi se negara a asumir sus funciones y no diera paso al proceso de transición, según otro de los actores importante en la escena yemení, el líder tribal Sadeq al-Ahmar, sería el momento de crear un consejo presidencial de transición. Es decir, coexisten dos visiones: la de los jóvenes revolucionarios y la de los partidos políticos.Los movimientos juveniles han permanecido, hasta ahora, al margen de las negociaciones de la Iniciativa del Golfo, en la que los actores han sido el régimen y los partidos políticos de oposición parlamentaria, al-Liqa al-Mushtarak, que pueden acabar imponiéndose a las visiones más radicales de los jóvenes revolucionarios, aunque sin partidos políticos no se puede hacer ninguna transición democrática.La Iniciativa del GolfoLa movilización de los países del Consejo de Cooperación del Golfo (Arabia Saudí, Qatar, Omán, Bahréin, Emiratos Árabes Unidos y Kuwait), se produjo casi dos meses después del estallido de las protestas en Yemen y tras el llamamiento lanzado por el presidente yemení al monarca saudí para que interviniera y salvara al país –y a su régimen– de una más que probable guerra civil que podría tener graves consecuencias en los países de este organismo regional. Aún así, el texto de la iniciativa tuvo que ser reformulado en tres ocasiones ante las reticencias del presidente yemení, especialmente para evitar la expresión “el presidente debe renunciar al poder” y sustituirla por “traspaso de atribuciones” a la figura del vicepresidente, o para apoyar su permanencia en el poder durante un mes y garantizar que no sería perseguido judicialmente, o para firmar la iniciativa como presidente del partido y no como presidente de la República. En realidad, la actitud del presidente ha sido la de aceptar primero y rechazar en el último momento las diferentes versiones de la Iniciativa, mientras que la oposición ha rechazado, luego aceptado y más tarde dudado de dicha Iniciativa, sobre todo ante las concesiones al presidente, especialmente las referidas a su inmunidad y su permanencia aún durante un tiempo. Planteada por el secretario general del Consejo de Cooperación del Golfo, Abdellatif al-Zayani, el pasado 21 de abril, tras una serie de reuniones con las partes yemeníes, la Iniciativa (Ver Documenta) incluye la formación de un gobierno de unidad nacional, el traspaso de las atribuciones del presidente a su vicepresidente y su renuncia trascurridos treinta días. Pero al final, el presidente yemení rechazó la iniciativa y se negó a firmarla. Ahora asistimos a un nuevo intento de revitalizar la iniciativa por parte del Consejo, temeroso de que la inestabilidad en Yemen acabe trasladándose a sus territorios, pero que choca con la pasividad del régimen yemení y su insistencia en el uso de la violencia. Esta situación de impasse debida al juego del régimen yemení se reflejó en el seno del CCG, ya que Qatar, país al que Ali Abdallah Saleh acusa de promover las revueltas, decidió retirarse de la iniciativa. Mientras, la oposición parlamentaria reclama al CCG, a la Liga Árabe, EEUU y Europa, una intervención extranjera que detenga las matanzas.Por otro lado, los Jóvenes de la Revolución, no aceptan ninguna iniciativa que no contemple la renuncia inmediata del presidente, la caída del régimen y su comparecencia ante la justicia, la creación de un consejo presidencial transitorio y la elaboración de una nueva constitución, sobre todo tras la salida a Arabia Saudí de Abdallah Saleh.Revolución pacífica y ¿“guerra civil”?La represión y otros factores transformaron el panorama: junto a la revolución popular pacífica, estalló un conato de guerra civil que enfrentó a las fuerzas del régimen con las milicias del líder de la poderosa confederación tribal de Hashed, Sadeq al-Ahmar, en las calles de la capital, mientras se abrían otros frentes armados en ciudades del sur (Taizz, Abin, Aden, Ibb, al-Hudayda).Las tres grandes confederaciones tribales yemeníes (Hashid, Bakil y Madhaj) constituyen un importante tejido social en el país que durante décadas ha sido marginado por el régimen (a pesar de las alianzas coyunturales) y la prueba han sido las actuaciones de algunos grupos tribales (secuestros de extranjeros incluidos) para presionar al régimen y obtener promesas de desarrollo y mejoras en determinadas zonas empobrecidas y marginadas. El régimen también intentó debilitar la importancia de la estructura tribal vinculando la presencia de al-Qaida a la protección concedida por algunas tribus, especialmente en el sur, algo que siempre fue desmentido por los líderes tribales.Una vez iniciada la revolución juvenil, los líderes tribales, espoleados también por los actos de violencia del régimen contra miembros de diferentes tribus, fueron uniéndose a las reivindicaciones pacíficas de los revolucionarios; y ello a pesar de los intentos del régimen de arrastrar a los líderes tribales a una guerra civil. Así, el anuncio de Sadeq al-Ahmar, máximo líder de la confederación Hashed, y Amin al-‘Akimi, máximo líder de los Bakil, de apoyar, sin armas, la revolución pacífica, supuso un importante punto de inflexión en el equilibrio de fuerzas.Mientras las plazas del Cambio y de la Libertad en Sanaa se convertían, al igual que la plaza de la Liberación en El Cairo, en los escenarios de una revolución pacífica (algo a lo que siguen sin renunciar) el bombardeo de la residencia de Sadeq al-Ahmar en la capital yemení –cuando en ella se reunía una delegación de mediación para calmar los ánimos de los Ahmar– dio paso a otro escenario que ha convivido con el de las citadas plazas: un enfrentamiento armado entre el régimen y Sadeq al-Ahmar que tuvo lugar entre el 23 de mayo y el 6 de junio, detenido gracias a una mediación saudí, y que según ha dejado bien claro el propio al-Ahmar no tenía nada que ver con la revolución pacífica y popular que está teniendo lugar en el país y que apoyan completamente.En medio de este enfrentamiento armado tuvo lugar, el pasado 3 de junio, el ataque contra el palacio presidencial, en el que el presidente y otros altos cargos del gobierno resultaron heridos. Al día siguiente el presidente salió del país para recibir tratamiento médico en Arabia Saudí. Este suceso, que puede representar el principio del fin del régimen y el inicio del cambio, está todavía rodeado de ambigüedades, ya que se desconoce quién está detrás del mismo: el régimen ha acusado a Sadeq al-Ahmar, pero también hay rumores de que fue un atentado perpetrado por el propio entorno de Ali Abdallah Saleh. Independientemente de la autoría del ataque, el resultado es que el presidente ha desaparecido de la escena yemení y todavía no ha reaparecido en público, dando lugar a un vacío de poder al que intenta poner remedio el vicepresidente y presidente en funciones, Abdeerrabbi Manssur Hadi.Los enfrentamientos en el sur tienen un doble componente: por un lado grupos armados vinculados a las tribus y militares que se han pasado a la revolución y que luchan en defensa de los revolucionarios desarmados; y por otro lado, las acciones armadas de grupos vinculados a al-Qaeda. Según analistas y revolucionarios, ha sido el propio régimen quien ha dejado el campo abierto a los ataques de estos grupos al evacuar a las tropas de los acuartelamientos que custodiaban depósitos de armas y municiones, lo que propició la acciones de estos grupos armados, que han acabado tomando enclaves como la ciudad de Zinjibar en la provincia de Abiyan. Ésta ha sido otra táctica del régimen: intentar desvirtuar la revolución pacífica que exige su caída provocando un enfrentamiento civil que legitimaría el recurso al ejército para aplastar, de un solo golpe, a todos: armados y pacíficos.La actitud del régimenSi bien el régimen comenzó ignorando las primeras protestas, insistiendo en que la situación yemení no podía compararse a la tunecina o a la egipcia, luego recurrió a la violencia, a asustar con el fantasma de al-Qaeda (afirmando que el caos que se produciría si caía el régimen favorecería que la organización se hiciera con el control de parte del territorio), o con el de una probable guerra civil y de la ruptura de la consagrada “unidad” del país (mensaje dirigido a Occidente y también a los países del entorno), una “unidad” durante mucho tiempo puesta en duda por las fuerzas políticas del sur y del norte. Poco después del inicio de la revolución pacífica, el régimen recurrió a la represión generalizada en las principales ciudades del país (Sanaa, Bayda, al-Rahida, Ibb, Aden, Taizz, al-Hudayda, Dhammar), con el uso de las fuerzas de seguridad, ejército, francotiradores, elementos civiles pro-régimen armados, y militares con traje civil, culpando a la oposición política, calificada como “bandidos y saboteadores”, de lo que estaba ocurriendo en el país.El 10 de marzo, para intentar frenar la revolución, el presidente anunció (como ha pasado en otros escenarios árabes, cuando ya había perdido su legitimidad y credibilidad y cuando la población exigía ya su caída) una serie de medidas: no se volvería a presentar cuando acabara su presidencia, en 2013, y tampoco su hijo Ahmad, general del Estado Mayor que dirige la Guardia Republicana, heredaría la presidencia, un debate que ya se había producido en la sociedad yemení. Prometió una transición desde el régimen presidencialista hacia un régimen parlamentario, una nueva Constitución, con separación de poderes y ampliación del sistema de gobierno local como un primer paso hacia el federalismo. La elaboración de la nueva Constitución correría a cargo de una comisión formada por parlamentarios, senadores y actores nacionales, habría una nueva ley electoral… después hizo un llamamiento a celebrar elecciones presidenciales anticipadas. Estas promesas, tardías y ya poco creíbles, no apaciguaron los ánimos. También recurrió a los ulemas y a la religiosidad; y al elemento tribal; y más tarde decidió reunir a sus seguidores en la Plaza al-Saba‘in todos los viernes en una especie de “contrarrevolución”.Pero la matanza del 18 de marzo, el denominado “Viernes de la Dignidad” por los revolucionarios, dejó en la plaza del Cambio 52 muertos por disparos de sujetos armados (francotiradores apostados en las terrazas de los edificios de la plaza), provocó las primeras rupturas por parte de responsables y oficiales y supuso un punto de inflexión en la revolución: más sectores sociales se unieron a las protestas de los jóvenes, y la revolución juvenil se transformó en revolución popular con llamamientos a la desobediencia civil secundados también por los comerciantes de la capital.Ante la Iniciativa del Consejo de Cooperación del Golfo, el régimen yemení ha intentado ganar tiempo. Primero anunció la firma de la iniciativa del Golfo y posteriormente renunció a ello. Esto ocurrió varias veces, con el consiguiente nerviosismo de la oposición y los revolucionarios. Ésta fue otra táctica de Saleh: involucrar a terceros países en la resolución, no de una “revolución popular”, sino de una “crisis política” entre régimen y oposición, que si bien existía desde hacía tiempo no era el elemento principal de la revolución.Occidente, EEUU y el régimen yemeníDurante muchas semanas, la administración estadounidense y las jefaturas europeas han evitado hacer declaraciones contundentes, como las que hicieron en los casos de las revueltas tunecina y egipcia, de apoyo a los revolucionarios o de presión sobre un régimen, aliado fundamental en la denominada lucha contra el terror dirigida por Washington. Así se explican las contradicciones que todavía aparecían entre responsables estadounidenses en abril, cuando la revolución ya llevaba dos meses en marcha: el secretario de Defensa afirmaba que EEUU seguía prestando apoyo militar al régimen yemení para “combatir el terrorismo”, mientras que la Casa Blanca afirmaba respetar la voluntad del pueblo y sus opciones y pedía un traspaso rápido de poderes.Sin embargo, el 12 de mayo, la Casa Blanca hizo un llamamiento a un traspaso inmediato del poder e instó a las partes a firmar la Iniciativa del Golfo, siguiendo su estela la representante de política exterior de la Unión Europea, Catherine Ashton.Ante las continuas maniobras del presidente Saleh para evitar la firma de la iniciativa del Golfo, Occidente ha ido también dilatando las presiones. Tampoco Washington se ha mostrado entusiasta del anuncio de los revolucionarios de las plazas del Cambio y de la Libertad de crear un consejo presidencial transitorio. Asimismo, el anuncio unilateral de que EEUU, a través de la CIA y desde bases militares cercanas, intensificará sus acciones militares por aire para combatir a al-Qaeda, es algo que podría generar gran malestar entre la sociedad yemení, en cuyo seno se han dado ya manifestaciones de descontento al respecto.Conclusión: no hay vuelta atrásLa represión es cada vez más grave (incluso se habla de fosas comunes a las afueras de Sanaa donde habría al menos los cadáveres de 50 jóvenes revolucionarios, según ha denunciado la Organización Nacional de Defensa de los Derechos y las Libertades; el aislamiento del régimen yemení es cada vez mayor (según fuentes militares tres cuartas partes del territorio y de los habitantes están con la revolución, al igual que dos terceras partes del ejército, de acuerdo con al-Quds al-‘Arabi, 05/05/2011); y las escisiones, más numerosas: miembros del ejército, líderes tribales, y los sectores urbanos. Aunque el hecho de que las principales instituciones del país (sobre todo los cuerpos de seguridad) estén en manos de familiares directos del presidente hacen más difícil la descomposición del régimen. Enfrente, una movilización que engloba a los jóvenes revolucionarios, a las fuerzas políticas de oposición, al-Liqa al-Mushtarak, al-Harak al-Yanubi, a los Huthíes, a líderes político-religiosos y a jefaturas tribales.La salida de Ali Abdallah Saleh el 4 de junio ha dejado la dirección del país en manos del vicepresidente, Abderrabbi Mansur Hadi, general del Estado Mayor, un militar del sur que dirigió las fuerzas del norte en la breve guerra del verano de 1994. Él será el encargado, una vez lograda la tregua con Sadeq al-Ahmar, de organizar la necesaria transición, quizás siguiendo la hoja de ruta trazada por la Iniciativa del CCG, una hoja de ruta que establecía el traspaso de poderes a la figura del vicepresidente. Por el momento, el presidente en funciones se ha reunido, después de mucha resistencia, con al-Liqa al-Mushtarak, que aglutina la oposición parlamentaria, para calmar la situación en todo el país como paso previo a unas posibles conversaciones sobre el traspaso de poderes, así como con la Coordinadora Superior de la Revolución Yemení, es decir con los jóvenes revolucionarios, que insisten en la creación de un consejo presidencial transitorio por el que todavía no apuesta el presidente en funciones.Así, tenemos en Yemen varios frentes diferentes: los revolucionarios pacíficos de las plazas del Cambio y de la Libertad que exigen la caída del régimen, la creación de un consejo presidencial y el inicio inmediato del proceso de transición; los militares que apoyan la revolución en Sanaa y protegen a los revolucionarios pacíficos, a las órdenes del general Ali Muhsin al-Ahmar, quien se pasó a las filas de los revolucionarios el 21 de marzo; la oposición parlamentaria aglutinada de al-Liqa al-Mushtarak, que ha buscado la negociación con el régimen y que podría capitalizar el movimiento revolucionario; las tropas tribales (Hashed, Bakil) aliadas de la revolución pacífica, que se enfrentan con el ejército regular en la provincia de Sanaa; y los militares que se pasaron a la revolución y que mantienen un duro enfrentamiento armado con el ejército del régimen en las provincias del sur. Aunque quizás debamos añadir otro frente: el de los supuestos combatientes de al-Qaida que tomaron la ciudad de Zinyibar, capital de la provincia de Abiyan, y que desde finales de mayo se enfrentan al ejército, y la entrada unilateral de EEUU en campaña militar contra al-Qaeda.Mientras, los yemeníes echan de menos una mayor y más decidida presión exterior sobre un régimen que se deteriora y agoniza pero que no acaba de caer.ReferenciasHermann, Rainer. “Power Struggle in Yemen. A Yemen Tribal Affair”, en Qantara, 8 de junio de 2011. Disponible en:http://en.qantara.de/A-Yemeni-Tribal-Affair/16345c16551i1p39/index.htmlHilal, Abdelhakim. “al-Mubadarat al-jaliyiyya l-inqadh al-Yaman”. (La iniciativa del Golfo para salvar Yemen). Disponible en:http://www.aljazeera.net/NR/exeres/6222153E-5F8A-4716-8DD3-7D1677A15DE8.htm?GoogleStatID=24Muhammad, Abdessalam. “Thawrat al-Yaman.. tahalufat yadida jariyu-ha al-Qa‘ida wa-l-Nizham” (La revolución de Yemen…Nuevas alianzas fuera de al-Qaida y del régimen). Aljazeera, 07/06/2011. Disponible en:http://www.aljazeera.net/NR/EXERES/CCE1C556-18CA-4098-872B-39385FAE806D.htmal-Sakkaf, Nadia. “The Politicization of Yemen´s Youth Revolution”, Arab Reform Bulletin, 27 de abril de 2011. Disponible en:http://www.carnegieendowment.org/arb/?fa=downloadArticlePDF&article=43735http://www.hoodonline.org/ (Página de la Organización Nacional de Defensa de los Derechos y las Libertades)http://www.yementimes.com/http://el-wasat.com/portal/News-55621867.html (Visión del Comité Organizativo de la Revolución Juvenil Popular)http://dralfaqih.blogspot.com/ (Blog del profesor yemení Abdallah al-Faqih que contiene numerosos análisis sobre el país)http://www.aawsat.com/details.asp?section=4&issueno=11889&article=626860&feature (Entrevista con el líder tribal Sadeq al-Ahmar) 

 

No princípio de fevereiro, amplos setores da população, encabeçados pelos jovens revolucionários, começaram a se manifestar nas principais cidades iemenitas exigindo a queda do regime do presidente Ali Abdallah Saleh. O Iêmen podia oferecer outro modelo de saída distinta da crise, um acordo entre a oposição, os principais atores da revolta e o regime, que poria fim ao caos e estabeleceria as bases da transição para um novo sistema político. Contudo, a iniciativa de paz dos regimes do Golfo não avançou por conta dos constantes obstáculos impostos pelo regime. 

 

Sex, 12/08/2011 - 12:15

 

Siria: el régimen ante el desafío de la revoluciónA mediados de marzo comenzaron en Siria los enfrentamientos entre manifestantes y fuerzas de seguridad que, según estimaciones, podrían haberse cobrado hasta ahora la vida de más de 1.000 personas y haber provocado la detención de unas 10.000. Estas revueltas constituyen el mayor desafío al que se ha enfrentado el régimen baazista desde los años 80. Siguiendo la estela de la “primavera árabe”, los sirios han salido también a la calle para reivindicar una serie de reformas democráticas que incluyen el levantamiento del estado de emergencia, una nueva ley de partidos o un reparto igualitario de las riquezas nacionales. Pero, al igual que en én el caso de los otros países árabes, este levantamiento no ha estallado de la noche a la mañana. Aunque tímidamente, y en un plano más teórico que práctico, la sociedad siria lleva una década actuando para conseguir unas reformas políticas que les permitan avanzar hacia el establecimiento de un Estado democrático.La sociedad civilDesde que Bashar al-Asad asumiera la presidencia de Siria en el año 2000, intelectuales y activistas iniciaron una movilización que caminaba paralela a las promesas de reforma y modernización que el nuevo presidente trajo consigo. El Movimiento de la Sociedad Civil (liderado por Michel Kilo) lleva diez años reivindicando pluralismo político y derechos civiles. Este movimiento nació en septiembre de 2000, impulsado por el esperanzador ambiente de reformas que la llegada de Bashar inspiró en el país, en una etapa que se ha llamado “Primavera de Damasco”, cuando el escritor Michel Kilo se puso a la cabeza de un grupo de intelectuales que decidieron redactar el “manifiesto de los 99” (que en diciembre de aquel año se convertiría en el “manifiesto de los 1.000”). Otros destacados intelectuales integrados en el movimiento eran el filósofo Sadiq al-`Azm, el periodista Alan George o el empresario y miembro del Parlamento Riyad Sayf. El manifiesto contenía ocho puntos fundamentales: el fin del Estado de emergencia, la liberación de los presos políticos y el retorno de los exiliados políticos; fomentar las libertades individuales, especialmente la libertad de expresión y las normativas relacionadas con la creación de partidos políticos; recuperar la legislación relativa a las publicaciones y los medios de comunicación; la reforma de la ley electoral y la celebración de elecciones bajo supervisión de jueces independientes; garantizar la independencia del poder judicial y lograr la igualdad de todos los ciudadanos ante la ley; otorgar a los ciudadanos sus derechos económicos, especialmente, conseguir un reparto justo de los recursos nacionales y proteger el medio ambiente; revisar la idea de que el partido Baaz es el líder de la sociedad y el Estado (tal y como estipula el artículo 8 de la Constitución); y poner fin a la marginación legal de la mujer. Pero Riyad Sayf expresó su intención de crear un partido político, razón por la que fue arrestado y que supuso, además, el comienzo del fin de la “Primavera de Damasco”.El inicio de las revueltasLa información sobre las revueltas es muy escasa. El control del régimen sobre los medios de comunicación, incluído internet, y sobre la capacidad de movimiento de los periodistas, especialmente extranjeros, hace muy difícil tener datos fiables sobre los enfrentamientos y el número de víctimas. Además, es posible que, a parte del levantamiento popular, se estén registrando ciertos conflictos interconfesionales o interétnicos y que la delincuencia se haya disparado en medio del caos que reina en determinados lugares. El régimen, por su parte, aviva estos fantasmas (delincuencia y luchas internas, además de utilizar la amenaza del islamismo radical) para atemorizar a su población y dar su propia explicación de lo que está ocurriendo en el país.Ya antes de la ola de protestas, las fuerzas de oposición, bien el Movimiento de la Sociedad Civil, bien los blogeros o los jóvenes activistas que trabajan a través de internet, o bien los defensores de los derechos humanos, sufrían la intransigencia del régimen, si bien Siria parecía estar saliendo poco a poco del aislamiento internacional y mejorando sus relaciones con Washington.Siria es muy diferente de Egipto y Túnez en su composición social, en su ideología política y en su estrategia de cara al exterior, por lo que es imposible que se produzca una simple repetición de las experiencias tunecina y egipcia. Aún así, el estallido inmediato de las revueltas sigue un modelo similar al de estos dos países. En el caso sirio, se puede comenzar a hablar de “revuelta” desde mediados de marzo, cuando una multitud de manifestantes, que protestaban por la detención de varios adolescentes que pintaban las paredes con sprays, inspirados por los jóvenes de Egipto y Túnez, y que escribían sobre los muros frases desafiantes, incluído el ya famoso eslogan “el pueblo quiere la caída del régimen” (al-shaab yurid isqat al-nizam), prendió fuego a la sede del partido Baaz en la localidad de Dera‘a, además de quemar dos tribunales y dos locales de la compañía de telefonía móvil Syriatel. En esos mismos días, un niño de trece años fue arrestado, torturado y muerto a manos de los servicios secretos. El 4 de febrero se convocó el primer “viernes de la ira”, que fue completamente frustrado por las fuerzas de seguridad que, tan poco acostumbradas a los disturbios callejeros, reaccionaron desproporcionadamente, lo que tuvo como consecuencia la muerte de varias personas. La represión del primer incidente no hizo sino provocar que las protestas se extendieran a otras regiones del país, recibiendo la misma respuesta represora.Las protestas sirias han comenzado en núcleos de población periféricos, alejados de las grandes aglomeraciones urbanas. En el caso de Dera‘a, situada en la frontera con Jordania, se trata de una pequeña ciudad agrícola con un tejido social muy local y profundo. Los jóvenes que fueron detenidos allí pertenecen a algunas de las familias y clanes más importantes de la región. El movimiento de protesta fue, en su inicio, una movilización por parte de las familias afectadas que exigían la dimisión del gobernador de la provincia y de los responsables de los servicios secretos. La segunda ciudad afectada por los levantamientos fue Latakia, situada al otro extremo del país, un área con una gran población alawí (la minoría étnico-religiosa a la que pertenece la familia al-Asad). Resulta llamativo que fuera precisamente esta ciudad la segunda en contagiarse del movimiento de protesta, pero puede ser un indicio de que la mayoría de la población, incluídos sectores alawíes, quieren acabar con el monopolio de la familia al-Asad.A pesar de que Bashar al-Asad ha sido percibido como un pragmático reformista, especialmente en los primeros momentos de su mandato, la reforma quedó básicamente reducida a la liberalización económica sin profundizar en los aspectos políticos. Cuando la presión exterior sobre Siria se acentuó tras el asesinato del ex primer ministro libanés Rafiq Hariri en 2005, sectores de la oposición dieron un paso importante al redactar la Declaración de Damasco, el 16 octubre de ese mismo año. Por primera vez, todos los principales grupos y fuerzas de la oposición (desde los movimientos laicos de la sociedad civil, hasta los activistas kurdos, pasando por la ilegalizada organización de los Hermanos Musulmanes) se agrupaban para redactar un manifiesto en el que exigían un cambio democrático en el país.En la primera mitad de 2006, la organización de la recolecta de firmas para la mencionada Declaración de Damasco sirvió para acusarles de estar “trabajando al servicio de intereses occidentales” y fueron detenidos Michel Kilo y el abogado de Derechos Humanos Anwar al-Bunni. A finales de 2009, Haytham Malih, jefe de la Asociación de Derechos Humanos de Siria, era también detenido y, desde entonces, el régimen impuso numerosas restricciones en las fronteras para evitar que los intelectuales disidentes pudieran salir del país. Malih, de 79 años de edad, fue liberado en marzo de 2011, después de haber comenzado una huelga de hambre.Ante las protestas actuales, el gobierno sirio está alternando la represión radical con la adopción y promesa de reformas, lo que podría interpretarse como una lucha interna entre dos sectores del régimen. Aparte del uso de la violencia, la reacción inicial del gobierno fue no asumir responsabilidad alguna y señalar aeslabones inferiores en la cadena de poder. Así, reformó el ejecutivo y se comprometió a echar del ejército a los mandos de las tropas desplegadas en los puntos más conflictivos del país. La respuesta verbal del régimen se ha centrado en criminalizar a los manifestantes, o bien en presentarlos y tratar con ellos en términos sectarios. En cuanto a las medidas prácticas adoptadas para aplacar a diversos sectores de la población, el 7 de abril el presidente al-Asad concedió la nacionalidad siria a unos 150.000 kurdos del país. Esta era una de las principales demandas de las organizaciones de defensa de los derechos de los kurdos. Pero Habib Ibrahim, miembro de uno de los grupos kurdos más importantes, señalaba que “la nacionalidad es un derecho de todo sirio, no es un favor. Nadie puede otorgarlo o denegarlo”. Al-Asad no logró rédito a su favor. Otro tipo de concesiones, como permitir a las profesoras de colegio llevar el niqab (velo integral) o el cierre del único casino del país, parecen estar orientadas a aplacar supuestamente a los sectores más conservadores pero no tienen alcance para la amplia mayoría de la oposición, que está exigiendo verdaderas reformas políticas. Por último, aunque el régimen ha derogado el estado de emergencia, vigente deste 1963, esta medida no ha tenido ninguna repercusión en la práctica, dada la situación interna que atraviesa el país.Los nombres propiosEn un principio, la ira de los manifestantes no iba dirigida única ni principalmente contra el presidente al-Asad. Algunos de los nombres que se escucha gritar a los protagonistas de las protestas son Maher al-Asad, hermano pequeño del presidente, que dirige la Guardia Republicana y la IV División, dos de los cuerpos en los que se apoya el autoritarismo represivo del régimen. Maher al-Asad es uno de los miembros más destacados de lo que se llama el ala dura del régimen y algunos observadores consideran que tiene más poder y control que el propio Bashar.Asef Shawkat, el marido de Bushra, la hermana de Bashar, es responsable de personal del Ejército de Tierra y jefe de los servicios de inteligencia militares. Shawkat ya participó en la represión del levantamiento islamista en la ciudad de Hama en 1982 (donde se calcula que murieron entre 15.000 y 20.000 personas). Debido a su probada lealtad, al-Asad le introdujo en la élite de poder y le permitió casarse con su hermana, abriéndole así la puerta al clan familiar.Pero, sobre todo, uno de los nombres más escuchados es el de Rami Majluf, multimillonario empresario dueño de la mayor compañía siria de telefonía móvil, Syriatel, que posee grandes inmobiliarias y numerosos medios de comunicación. Majluf es un empresario que ha obtenido todos los privilegios imaginables y los monopolios comerciales otorgados por el Estado a cambio de su absoluta lealtad. Así, durante la primera oleada de protestas que comenzó en Dera´a, además de la sede del partido Baaz y dos juzgados, se quemaron locales que eran propiedad de dicha compañía de telefonía móvil.Las ventajas de al-AsadNo hay que olvidar que el caso de Bashar al-Asad difiere en varios aspectos de otros poderes totalitarios árabes. Es relativamente joven, 45 años, y lleva en el poder 10, lo que supone un tercio del tiempo que estuvo Mubarak y menos de la mitad de lo que se prolongó el régimen tunecino de Ben Ali. Además, al-Asad, a ojos de la opinión pública, se ha mostrado siempre coherente en su oposición a Israel y en la política de no sometimiento al “imperialismo americano”. Otro factor que podría contar a su favor es que se argumenta que ha conseguido mantener un cierto nivel de seguridad y estabilidad en un momento de especial inestabilidad en sus fronteras con Iraq y Líbano. Igualmente, la política de integración de la diversidad religiosa en Siria ha garantizado una buena convivencia confesional, factor importante en un país con un tejido social complejo. Por último, se ha presentado siempre como un presidente “humilde”, lo que contrasta, no sólo con otros dirigentes árabes (como Saddam Huseyn o Muamar al-Gadafi), sino también frente a otros miembros de su familia: ha conseguido ser percibido como un reformista moderado cuyos esfuerzos son frustrados por la vieja guardia. En algunos círculos, se le considera cautivo del ala dura de la élite política heredada de su padre, que le impide acometer las reformas que cree necesarias.Hay que señalar también que durante el mandato de Bashar al-Asad el país ha experimentado ciertas mejoras, si bien en áreas que no se relacionan directamente con la democracia o los derechos humanos. Los medios de comunicación son más prolíficos e informan con mayor libertad, aunque siempre dentro de unos límites. El arte y la literatura también se han beneficiado de un ambiente de mayor libertad de expresión. A pesar de que algunas páginas de internet siguen permanentemente bloqueadas, los sirios tienen un mayor acceso a la información y un mayor contacto con el mundo más allá de sus fronteras a través de televisiones por satélite, blogs y medios de comunicación extranjeros. Los teléfonos móviles y otro tipo de dispositivos son ahora accesibles a un sector más amplio de la población. Las organizaciones de mujeres han sido fomentadas y fortalecidas y tienen cierto margen de maniobra. En el ámbito económico el régimen ha hecho grandes esfuerzos y ha logrado un crecimiento considerable, si bien, una vez más, los beneficios de tal desarrollo no han repercutido ampliamente en toda la sociedad. Es cierto que, a nivel regional, Siria atraviesa un momento económicamente adverso: no es un país exportador de petróleo y además está sometido, desde 2003, a un embargo económico; la retirada de las tropas sirias de Líbano supuso no sólo el regreso de 300.000 trabajadores que se sumaron al creciente paro, sino la pérdida de los privilegios comerciales de los que gozaba en sus relaciones económicas con el país vecino; y además, la sequía está afectando gravemente a la agricultura y la ganadería en diversas áreas del país. A pesar de esta coyuntura, al-Asad ha sido el promotor de una liberalización económica puesta en marcha a través de un cambio económico redistributivo, basado en la liberalización del mercado y las subvenciones, que ha aligerado la burocracia y ha mejorado la infraestructura, aunque también ha traído consigo corrupción y privilegios para la élite económica.Por todo esto, no se puede olvidar que existe (o tal vez existía hasta ahora) una cierta simpatía por el presidente al-Asad en determinados/algunos sectores de la sociedad. Las manifestaciones a favor del presidente que ha habido en el país, especialmente en Damasco, pueden haber estado organizadas por el régimen pero contenían una cierta verdad emocional. Las minorías religiosas, como los cristianos o los drusos y, especialmente, los alawíes (la minoría shií a la que pertenece la familia presidencial y que constituye un 10% de la población), perciben la actual tensión con inquietud, ya que temen que se pudiera poner fin a la tolerancia religiosa hasta ahora característica de Siria. Los alawíes, y su círculo más cercano, temen convertirse en el objetivo de la revuelta, como si se tratara de una suerte de venganza por el monopolio del poder que acapara esta minoría. Tal vez por esta razón se han sumado también a las protestas.El papel del EjércitoLas Fuerzas Armadas constituyen uno de los bastiones del régimen instaurado tras el golpe de Estado que el padre de Bashar, Hafez al-Asad, protagonizó en 1970. El ejército es el instrumento en el que más confía y se apoya la familia al-Asad para mantener el país bajo control. Para ello, han colocado a miembros de la familia en la cúpula militar y entre los mandos de las unidades más importantes, quedando el resto de los puestos de responsabilidad en manos de otros miembros de la minoría alawí.A diferencia de las FFAA de Túnez o Egipto, que han tenido estrechas relaciones con EEUU y países europeos, el Ejército sirio no tiene una tradición de relaciones internacionales, más allá de sus lazos con los países del este, en particular, con Rusia (dado que, durante la Guerra Fría, se situó en la órbita del bloque soviético). Esto hace que ni occidente ni la comunidad internacional tengan interlocutores válidos dentro de las FFAA, a través de los que podrían intentar influir en la situación, y supone una diferencia notable respecto a los ejércitos tunecino y egipcio.Otra diferencia importante es que las tropas sirias no participan habitualmente en misiones internacionales de paz y su intervención en Líbano, desde el inicio de la guerra civil en 1975, fue más bien la de una fuerza de ocupación, a pesar de que formaba parte de un contingente de la Liga Árabe. Sus relaciones militares se limitan, principalmente, a Rusia e Irán (país con el que mantiene una relación estratégica), lo que hace que sus responsables sean unos auténticos desconocidos para las FFAA del resto del mundo.En teoría, la cohesión étnico-familiar que existe en los círculos de poder militares hacen prever que el Ejército se mantendrá fiel a la familia al-Asad, por lo menos, hasta que vea amenazada su propia supervivencia. Parece, también, que las manifestaciones no han conseguido dividir a los mandos (como en Yemen) ni han conseguido que los oficiales se decidan a desobedecer las órdenes de sus superiores, negándose a disparar contra los manifestantes (como en Túnez y Egipto). Pero la información que llega desde Siria es confusa y, a veces, poco fiable. La cadena de televisión al-Jazeera emitía, el 7 de junio, el testimonio grabado de un teniente del ejército sirio que aseguraba “me apunté para combatir al enemigo israelí pero, después de lo que he visto, después de la masacre de civiles, no puedo continuar en el ejército”. También circula información según la cual, las víctimas que se han dado entre los militares (alrededor de 400) podrían haber sido el resultado de pequeñas sublevaciones dentro del ejército por parte de soldados que se negaron a disparar a la población civil y que fueron eliminados por el propio ejército. Pero parece que las cadenas de mando, los oficiales de alto rango, se mantienen, hasta el momento, fieles al régimen y al círculo familiar.El factor israelí, Occidente y los actores regionalesPuede que Israel sea el actor que más desea la continuidad del régimen de Bashar al-Asad. Siria es enemigo de Israel, pero es un enemigo estable, conocido, poco molesto. Siria tiene suficiente influencia sobre Hezbollah como para persuadir a este grupo, si fuera necesario, de que haga un ejercicio de contención en la frontera con Israel. Igualmente, un régimen debilitado en Damasco tal vez no sería capaz de negociar un acuerdo de paz con Israel, en caso de que ambas partes estuvieran dispuestas. Es más, si el régimen baazista en Damasco fuera sustituído por un gobierno compuesto por diversos partidos y grupos completamente desconocidos, esto podría provocar que las élites israelíes añoraran los tiempos del antiguo régimen, cuando las relaciones con Siria, con todas sus complicaciones, eran, aún así, estables y convenientes. De hecho, las revueltas árabes, sea cual sea su resultado, ya han empezado a erosionar el status quo israelí, que siempre reivindica ser la única democracia de Oriente Medio.Occidente también desea estabilidad en Siria, pero siente una evidente contradicción entre los valores que defiende y sus intereses más pragmáticos. EEUU tiene poco margen de maniobra en el caso sirio, ya que apenas tienen relaciones políticas, diplomáticas, comerciales ni, como se ha comentado, militares. No tiene canales de comunicación a través de los que poder actuar. La secretaria de Estado estadounidense, Hillary Clinton, que acudió a un célebre programa de la cadena CBS, “Face the Nation”, el pasado 26 de marzo, condenó de manera contenida la represión ejercida por el régimen sirio, sobre todo en comparación con las declaraciones que la administración estadounidense había realizado anteriormente respecto a Libia. En cuanto a una intervención internacional, Clinton declaró que “no se va a dar un consenso internacional a ese respecto”. Y continuó asegurando que “Bashar al-Asad es un líder diferente” y añadió que muchos miembros del Congreso que han viajado a Siria recientemente le consideran “un reformista”.La Unuión Europea (UE), por su parte, que hasta hace poco intentaba reforzar sus vínculos políticos y de cooperación con Siria, ha fracasado en su intento de promover en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas una declaración condenatoria por la violenta represión desplegada por el régimen. Siria no tiene un tratado de asociación refrendado con la UE y además, las medidas económicas de presión que pudiera aplicar no tendrían prácticamente ningún efecto puesto que Siria ya está bajo un embargo económico desde 2003. Hasta ahora, la UE se ha limitado a imponer sanciones a 23 dirigentes políticos sirios, encabezados por al-Asad, pero dichas sanciones no van más allá de impedirles la entrada en territorio comunitario y bloquear sus cuentas bancarias.Una de las razones por las que no puede prosperar una declaración condenatoria del Consejo de Seguridad es que Rusia y China, miembros permanentes del Consejo, vetarán estos intentos, dado que Siria es uno de los pocos puntos de influencia de estos dos países en la región. Un cambio de régimen hacia un gobierno pro-norteamericano o pro-occidental supondría un obstáculo para la estrategia política, y también comercial, de estos dos países en la región.Los dos actores regionales que más tienen que decir en la cuestión siria son Irán y Turquía. Irán mantiene con Siria una estable relación política, económica y militar y, además, comparten enemigos comunes. Igualmente, a Irán no le conviene que las “revoluciones árabes” sigan triunfando, por miedo a un efecto dominó, sobre todo si tenemos en cuenta los levantamientos que tuvieron lugar en 2009 tras la supuestamente fraudulenta reelección de Ahmadineyad.Desde hace unos años, Turquía está desarrollando un importante papel de mediación en diversas cuestiones regionales, siguiendo una línea de actuación cuyo objetivo es evitar los problemas con los países vecinos. Además, Turquía es una economía en expansión y Siria constituye un mercado interesante para sus inversiones y sus exportaciones. Por esto, Turquía, uno de los pocos países que se ha pronunciado con claridad, aboga por la introducción progresiva de reformas y por la democratización del país. A Turquía tampoco le interesa una Siria inestable y por eso ha comenzado ya su mediación, acogiendo en la ciudad de Antalia las reuniones celebradas por las fuerzas de la oposición sirias.La oportunidad perdida de al-AsadLas revueltas que estos días agitan Siria confirman, al igual que lo ocurrido en Túnez y Egipto y al igual que lo que está pasando en otros países, cuatro ideas fundamentales: en primer lugar, que las aspiraciones de los sirios, y de los árabes en general, son universales. Estas reivindicaciones no tienen matices religiosos ni culturales. Los árabes se han rebelado contra la pobreza, la injusticia social, la corrupción, la censura, la intimidación de las fuerzas de seguridad y la falta de oportunidades. En segundo lugar, los manifestantes han iniciado sus protestas sin ningún estímulo exterior y se están organizando sin ayuda externa. Las revueltas son genuinamente árabes. En tercer lugar, el civismo, el pacifismo, la creatividad y la solidaridad étnica y religiosa que ha dominado todas las revoluciones árabes de las que hemos sido testigo desde el comienzo de este año, demuestran que, digan lo que digan sus gobernantes, los árabes están más que preparados para la democracia. Y por último, estas revoluciones han surgido de estratos amplios y diversos de la sociedad, desde las clases más pobres hasta la clase media. Los manifestantes que han salido a protestar a todas las “plazas de la liberación” de distintos países árabes no se han inspirado en los clásicos eslóganes islamistas, como el ya célebre “el islam es la solución”. Se trata de un nuevo nacionalismo árabe completamente civil, es decir, “arreligioso”. Estas no son las primeras revoluciones que se han dado en el mundo árabe, pero sí son las primeras dirigidas contra el despotismo de sus gobernantes y no contra potencias coloniales.Si Bashar al-Asad hubiera optado, cuando llegó al poder, por recortar ciertos intereses que regían su línea de actuación y hubiera desmantelado algunas estructuras obsoletas del régimen baazista, podría haber convocado unas elecciones libres y, seguramente, las habría ganado, obteniendo así la legitimidad que le correspondía como líder con apoyo popular. Podría haber hecho frente a las políticas beligerantes de la administración Bush sin tener que recurrir a la anticuada retórica pan-árabe o a discursos de conservadurismo islámico, y su posición sería, hoy día, más fuerte.FUENTES:Álvarez Osorio, Ignacio. Siria contemporánea. Madrid: Síntesis, 2009.Chimelli, Rudolph. Protests in Syria. In the Clutches of the Assad Clan. Qantara, 24 de abril de 2011.http://en.qantara.de/wcsite.php?wc_c=15930&wc_id=16120 Fisk, Robert. The people vs The President. The Independent, 8 de junio de 2011.http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-the-people-vs-the-president-2294383.html al-Hayy Saleh, Yasin. “Fi ba‘du usul al-azmat al-wataniyya al-suriyya al-rahina” (Sobre algunas raíces de la actual crisis nacional siria”, en al-Hayat, 24 de abril de 2011.http://international.daralhayat.com/internationalarticle/258823Martín Muñoz, Gema. El Estado Árabe. Crisis de legitimidad y contestación islamista. Barcelona: Bellaterra, 1999.Young, Michael. An Obama road map to change in Syria. The Daily Star, 19 de mayo de 2011.http://www.dailystar.com.lb/Opinion/Columnist/2011/May-19/An-Obama-road-map-to-change-in-Syria.ashx#axzz1MaslZmGzManna`, Haytham. “al-Sultat al-amniyya wa-intifadat al-karama” (La autoridad de la seguridad y el levantamiento de la dignidad). Al-Jazeera, 12 de abril de 2011.http://www.aljazeera.net/NR/exeres/1E262ECC-4455-4BD1-8699-5E5A1A21996C.htm?GoogleStatID=1“Suriyya: tahdi’at bi-hiwar gayr siyasi” (Siria: apaciguamiento con un diálogo no político), Markaz Dirasat al-Yazira.http://www.aljazeera.net/NR/exeres/F3F37972-D314-4AC2-8A9A-46BE1763203A.htm?GoogleStatID=24Wieland, Carsten. Asad’s Lost Chances. Middle East Research and Information Project, 13 de abril de 2011 http://www.merip.org/mero/mero041311Echevarría Jesús, Carlos. El papel de las Fuerzas Armadas sirias en el marco de las revueltas. Real Instituto Elcano, 3 de junio de 2011.http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/elcano/elcano_es/zonas_es/ari102-2011Enlaces de interés:Los 8 puntos del Manifiesto de los 99http://www.odabasham.net/show.php?sid=15591Vídeo del teniente sirio Abdel Razeq Tlas.http://www.youtube.com/watch?v=SNz7otLDc2Y

Em meados de março começaram na Síria os enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança que, segundo estimativas, podem ter tirado até agora a vida de mais de mil pessoas e ter provocado a detenção de umas 10 mil. Essas revoltas constituem o maior desafio que já enfrentou o regime baazista desde os anos 1980. 

Sex, 12/08/2011 - 11:58

 

Mais de 86% dos atentados terroristas aconteceram após 11 de setembroAula de Reginaldo Nasser, professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP e especialista em terrorismo, traz dados e pesquisas sobre o tema e afirma: "ocupações militares são os principais motivos do crescimento do número dos atentados". Assista aqui a aula veiculada pelo Jornal Hoje. http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/terrorismo-aula-3-do-professor-reginaldo-nasser/1574857/

Reginaldo Nasser, professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP e especialista em terrorismo, traz dados sobre o tema e afirma: "ocupações militares são os principais motivos do crescimento do número de atentados". 

Qui, 04/08/2011 - 18:37